Agressor entra em sala de aula (esq.) e fachada da Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo (dir.) - Reprodução/Vídeo/GoogleStreetView
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Colega de escola diz que agressor xingou aluno de 'macaco' e avisou sobre ataque

Estudante que fez o relato fugiu para não ser morto durante ataque a Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, São Paulo

Redação Publicado em 27/03/2023, às 17h02

Um aluno da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, São Paulo, detalhou o que ocorreu na semana anterior ao ataque desta segunda-feira, 27, feito por um aluno de 13 anos do oitavo ano, que vitimou uma professora e deixou outras três feridas. A polícia segue investigando o caso e averiguando todos os depoimentos. 

Segundo informações do portal G1, Gabriel, 13, disse para a polícia que, anteriormente, o autor das agressões havia xingado outro estudante de "macaco". A fala ocasionou uma briga, que foi apartada pela educadora Elisabete Tenreiro, 71 anos, posteriormente morta com cinco facadas pelo agressor. Ainda de acordo com Gabriel, que estuda na mesma sala do adolescente, o ataque teria sido motivado por vingança e a vítima dos xingamentos não estava na escola hoje.

Foi assim: [O agressor] chamou o menino de preto e macaco. O outro menino [vítima de racismo] não gostou e partiu para cima dele. A professora 'Beth' separou. Aí hoje esse menino que chamou o outro de macaco veio com uma faca e esfaqueou várias vezes a professora aqui e aqui [disse ele tocando na cabeça]. Ele já falou que iria fazer isso, mas ninguém acreditava. Ele estava atrás de mim tentando me matar. Na hora, eu corri e me escondi ali atrás e fiquei cerca de uns 40 ou 60 minutos esperando a polícia chegar".

Histórico de brigas 

Conforme relatos de pais dos alunos para a imprensa, a unidade de ensino possui um histórico de brigas e confusões. Em entrevista para a TV Globo, a mãe de uma jovem, identificada como Maria Das Graças, desabafou:

Na sala dele [agressor], na semana passada, teve uma briga por racismo, um pulou em cima do outro. É muita briga nesse colégio. Falei que ter uma polícia lá e falavam que não podia fazer nada, tem que ser o Estado".

Outra pessoa acrescentou: "O menino [autor do ataque] ameaçou um outro aluno que chama Daniel e a professora Beth, que é uma das melhores da escola, não deixou. Então, o adolescente atacou a professora. A minha filha, aluna do sexto ano, disse que o menino já planejava vir para matar o adolescente".

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