Guillermo Sohnlein, que foi co-fundador da OceanGate com Stockton Rush em 2009, disse que desastre o inspirou a continuar seus esforços
Fabio Previdelli Publicado em 18/06/2024, às 10h55
Há exato um ano, em 18 de junho de 2023, o submersível Titan, operado pela OceanGate, desapareceu no Oceano Atlântico Norte, na costa de Terra Nova, no Canadá, durante sua viagem aos destroços do Titanic — que está a cerca de 3.800 metros de profundidade.
Após quase 80 horas de buscas, em 22 de junho, a Guarda Costeira dos Estados Unidos e a OceanGate confirmaram a implosão catastrófica do veículo subaquático; que vitimou todos seus cinco tripulantes — incluindo o CEO Stockton Rush.
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Mesmo após um ano da tragédia, Guillermo Sohnlein, que foi co-fundador da OceanGate com Rush em 2009, declarou que continuará a buscar novos e perigosos projetos de exploração em águas profundas.
Em entrevista ao The Sun, Sohnlein disse que ele e Rush fundaram a OceanGate porque foram "impulsionados por esta necessidade de explorar" e "se depararam com este mundo de submersíveis humanos, usando a tecnologia para levar os humanos a um ambiente extremo aqui na Terra, basicamente mergulhando na pressão profunda do oceano".
Ainda na entrevista, Guillermo Sohnlein disse que a tragédia do Titan, há um ano, não frustrou seus objetivos, muito pelo contrário, o desastre o inspirou a continuar seus esforços explorando oceanos profundos.
A comunidade de exploração é um pouco estranha porque sabemos que haverá riscos, sabemos que haverá contratempos e, quando ocorrem contratempos, em vez de dissuadir... parece motivar os exploradores a continuar avançar e continuar com sua perseguição", disse.
No entanto, ressaltou que tragédias, como a que aconteceu no ano passado, servem para forçar os exploradores a "refletir e fazer uma verificação da realidade". "Mas uma vez feito isso, você está totalmente comprometido em continuar avançando e isso parece ser ainda mais intensificado, de uma forma talvez macabra".
"Parece que fica ainda mais intenso quando esse revés leva a fatalidades, porque acho que parte disso é que o resto da comunidade de exploração quer ter certeza de que os legados das pessoas que perderam suas vidas sejam honrados, continuando a seguir em frente", prosseguiu.
Você não quer que suas vidas sejam perdidas em vão. Você quer ter certeza de que o sacrifício deles valeu a pena, seja lá o que eles estavam tentando fazer", finalizou.
Embora Guillermo Sohnlein tenha deixado a OceanGate em 2013, ele ainda disse ao The Sun espera que "dentro dos próximos um, dois ou três anos, serei capaz de voltar à água e avançar com alguns destas expedições".
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