Por meio da pesquisa, foi possível observar detalhes de obras impressionantes que perderam suas cores com o tempo
Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 04/03/2021, às 07h00
Conhecida como “Tumba dos Macacos”, localizada na comuna de Chiusi, na Itália, a antiga sepultura guarda inúmeras pinturas em suas paredes. No entanto, muitas delas estão ocultas, apenas parcialmente visíveis devido à sua cor ter desaparecido com o tempo. Agora, cientistas foram responsáveis por mostrá-las novamente.
Conforme noticiado pelo portal Live Science, uma equipe de pesquisadores que contou com Gloria Adinolfi, pesquisadora da Pegaso Srl Archeologia Arte Archeometria, usou uma combinação de tecnologias inovadoras para revelar as imagens.
"Um grande problema é a perda significativa de informações sobre a policromia [cores] das pinturas preservadas, com especial atenção a algumas cores específicas devido à sua composição físico-química", explicou a especialista.
Por meio de uma técnica conhecida como extração hiperespectral de multi-iluminação (MHX) e por análises de cores, foi possível ver uma cena de uma pessoa carregando um objeto. Antes, a obra parecia apenas um borrão vermelho, mas, agora, detalhes do cabelo e rosto do indivíduo podem ser observados.
Além dessa pintura, os pesquisadores puderam revelar cenas que representavam rochas, árvores e água, mas pretendem continuar com o projeto para que outras possam ser vistas.
O mais impressionante é que as pinturas datam do período em que etruscos dominaram a península italiana. O grupo viveu há aproximadamente 2.500 anos, tempos antes de Roma se tornar poderosa. A partir da pesquisa, os especialistas poderão analisar mais claramente as pinturas coloridas dos antigos.
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