Descoberta de espécie que viveu nos mares brasileiros há mais de 20 milhões de anos foi divulgada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB)
Giovanna Gomes Publicado em 30/04/2024, às 13h29
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) anunciou, no último dia 25, a descoberta de um caranguejo da espécie Pirabacarcinus iara, que viveu nos antigos mares brasileiros há mais de 20 milhões de anos. Esse achado foi divulgado em artigo publicado no periódico Journal of South American Earth Sciences.
O nome científico do caranguejo, P. iara, presta homenagem à entidade folclórica brasileira Yara ou Iara, significando "mãe das águas" no idioma tupi.
A descoberta, segundo o portal Galileu, foi resultado de um estudo conduzido pelo Museu de Ciências da Terra (MCTer), ligado ao SGR, e contribui para o entendimento da fauna marinha do Brasil durante o Mioceno.
Esse achado forneceu informações valiosas sobre os antigos mares do nosso país. O litoral norte do Brasil é frequentemente chamado de antigo “Caribe brasileiro”, devido aos calcários da Formação Pirabas que o compõem.
Além de serem cruciais para o entendimento paleoambiental do Mioceno, esses depósitos têm um potencial considerável para a indústria petrolífera.
O paleontólogo do MCTer, Rafael Costa, revelou que o fóssil do novo caranguejo permaneceu na coleção de Paleontologia do museu sem identificação desde a sua coleta.
O sítio paleontológico onde o fóssil foi encontrado, no município de Capanema (PA), não existe mais, o que reforça a importância da manutenção desses exemplares em coleções de museus de ciência”, disse ele em comunicado, de acordo com o portal Galileu.
O caranguejo P. iara representa o primeiro registro no Brasil da família Pilumnidae, a qual abriga dezenas de espécies atuais com uma distribuição geográfica abrangente. Este espécime fossilizado desempenha um papel crucial na análise da evolução desse grupo e em sua dispersão ao longo do tempo.
É importante destacar que a pesquisa recebeu contribuições do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, da Universidade Regional do Cariri (URCA), e do Laboratório de Paleoecologia e Mudanças Globais, da Universidade Federal Fluminense (UFF).
+ Confira aqui o estudo completo.
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