A subida havia sido resultado de uma promessa entre amigos e, agora, Gabriel Roa quer recriá-lo de uma forma diferente
Paola Orlovas, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 11/10/2021, às 14h23
Em 2011, um grupo de amigos chilenos fez um trato enquanto se divertiam em um bar da cidade de Concepción: Gabriel Roa, que usava cadeiras de rodas há 5 anos na época, queria realizar um sonho e ver um nascer do sol ao lado de seus amigos, mas no topo de uma montanha.
Foi então que os preparativos começaram, e o grupo passou a pensar em tudo, como possíveis complicações, mudanças climáticas, e formas de transportar o colega cadeirante. No fim, foram até o cume do Vulcão Antuco, localizado há mais de 600km da capital, Santiago, com um trenó especial para carregar o amigo, no dia 2 de outubro do mesmo ano.
Dez anos depois, no dia 7, outra aventura começaria, mas dessa vez Roa quis subir o Antuco de uma forma diferente, caminhando. Ele tratou sua condição e está conseguindo andar. Mesmo acostumado a distâncias curtas, optou por participar da escalada, no seu próprio ritmo.
O jovem explorador sofre de artrite reumatoide juvenil, uma doença autoimune que afeta articulações, como joelhos e tornozelos e que se não for cuidada pode trazer consequências sérias, deixando o portador inválido. Hoje tratado, apesar de não ser capaz de recuperar a total mobilidade, consegue caminhar dentro de casa, e não faz mais tanto uso das cadeiras de rodas.
Para a aventura, Gabriel fará uso de um protótipo de muletas que está sendo testado há 5 meses. Ele pensa ter se fortalecido emocionalmente após a primeira escalada, feita há uma década, e diz estar na sua melhor condição física, mesmo que os quatro dias de exercício sejam desafiadores.
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