Empresários mortos envolvidos em investigação - Divulgação / Redes sociais / LinkedIn / VK
Crimes

Chamam atenção pela semelhança: mortes de empresários da Rússia são investigadas por comitê

Desde janeiro, 5 homens do alto escalão da Gazprom faleceram em circunstância misteriosas

Wallacy Ferrari Publicado em 02/05/2022, às 11h46

Uma curiosa constância de casos de suicídios de empresários russos com vínculos associados à gigante Gazprom, empresa de energia estatal russa, estão chamando atenção da imprensa internacional; cinco se mataram, com três deles supostamente assassinando a membros da família antes de tirarem a própria vida, com os casos ocorrendo desde janeiro deste ano.

Dentro da empresa morreu dois alto executivos, um chefe de transporte da subsidiária Gazprom Invest,o ex-vice-presidente do Gazprombank e o proprietário da empresa de suprimentos médicos MedStom, todos por suicídio. Eram conhecidos em suas comunidades locais como pessoas ativas e de alto poder aquisitivo.

Os detalhes sobre os envolvidos foram reportados pelo portal da emissora norte-americana CNN, que listou, respectivamente, a identificação dos envolvidos conforme as funções anteriormente listadas; seus nomes são Leonid Shulman, Alexander Tyulakov, Mikhail Watford, Vladislav Avayev e Vasily Melnikov.

Relação sombria

A constância e semelhança dos casos resultaram em uma investigação especial pelo Comitê de Investigação da Rússia, que não respondeu contatos de veículos internacionais sobre os casos. Contudo, dada as grandes quantias de dinheiro movimentadas pelos envolvidos, não é descartada a possibilidade de assassinato, como registrou um colega do alto escalão à CNN.

O trabalho dele era lidar com bancos privados, isso significa lidar com clientes VIP. Ele estava encarregado de quantias muito grandes de dinheiro. Então, ele se matou? Acho que não. Acho que ele sabia de alguma coisa e que ele representava algum tipo de risco”, opinou Igor Volobuev, também ex-vice-presidente do Gazprombank.

O caso mais recente, registrado em 19 de abril — mas ainda não tratado na Rússia — é o de Sergey Protosenya, ex-executivo da produtora de gás Novatek, que pertence parcialmente à Gazprom, que passava férias em resort em Barcelona quando foi encontrado sem vida, junto da filha e esposa, com sinais de violência física, dentro do local luxuoso.

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