Pesquisa busca entender um ponto crucial: será que a relação entre humanos e robôs será tratada de forma natural? Entenda!
Fabio Previdelli Publicado em 11/04/2023, às 12h13
Com o avanço da robótica e, principalmente, da inteligência artificial, já não é nenhum absurdo pensar num futuro de convivência entre humanos e robôs. Mas será que essa relação será algo natural ou os humanos sentirão diferença da forma como interagem com outros humanos?
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Buscando entender parte dessa questão, pesquisadores da Universidade da Flórida analisaram como é o comportamento humano quando interagem com robôs em um ambiente mais específico: na prática esportiva.
E os resultados chamam a atenção. Visto que o estudo, publicada na revista eNeuro, mostrou que os humanos trabalham muito mais o cérebro quando jogam contra robôs do que contra outros seres humanos.
Para isso, reporta o The Daily Mail, pesquisadores monitoraram o cérebro de pessoas durante partidas de tênis de mesa contra robôs e contra humanos — por meio de eletrodos acoplados em bonés que monitoravam a atividade cerebral durante os jogos.
Assim, os cientistas descobriram que quando uma pessoa joga contra um humano, os cérebros dos jogadores funcionam de forma uníssona, ou seja, "como se todos estivessem falando a mesma língua".
Mas quando o embate é feito contra uma máquina de sacar bolas, os neurônios em seus cérebros não estavam alinhados do mesmo modo, provocando um fenômeno chamado como 'dessincronização'.
Para exemplificar isso, Daniel Ferris, professor de engenharia biomédica da Universidade da Flórida, explica: "Se tivermos 100.000 pessoas em um estádio de futebol e todos torcerem juntos, isso é como uma sincronização no cérebro, que é um sinal de que o cérebro está relaxado".
"Se temos essas mesmas 100.000 pessoas, mas todas estão conversando com seus amigos, elas estão ocupadas, mas não estão sincronizadas", aponta. "Em muitos casos, essa dessincronização é uma indicação de que o cérebro está fazendo muitos cálculos, em vez de ficar parado e ocioso."
Segundo o estudo, o cérebro humano trabalha mais quando joga contra robôs porque as máquinas não fornecem pistas sobre seus próximos passos. "Os humanos interagindo com robôs serão diferentes de quando interagem com outros humanos", afirma Ferris.
Nosso objetivo de longo prazo é tentar entender como o cérebro reage a essas diferenças”, diz.
Os pesquisadores disseram que, à medida que os robôs se tornam mais comuns e sofisticados, entender como o cérebro humano responde aos movimentos de um oponente pode permitir que os engenheiros projetem robôs para serem mais naturalistas.
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