Larápio, que alegou cleptomania, roubou por 20 anos hotéis, museus lojas e galerias
Redação Publicado em 25/07/2017, às 14h29 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35
O crime, dizem, não compensa. E a justiça, na mesma ideia, tarda mas não falha. Talvez otimismo, mas os ditos populares se fizeram valer com um francês de 45 anos que, por 20 anos, roubou mais de 500 obras de arte de hotéis, museus, lojas e galerias em toda a França. Os objetos foram encontrados quando a polícia, que está tentando encontrar os donos das peças, invadiu o apartamento do francês em Avignon, no Sul do país, e descobriu o que descreveram como uma "Caverna de Aladim" da arte.
No local, a polícia fotografou mais de 500 obras(incluindo uma litografia de George Braque e um esboço de Edgar Degas, abaixo), esculturas, livros raros e até mesmo discos de vinil, e os colocou em um catálogo on-line junto com um pedido para que seus proprietários se apresentassem.
"Havia peças em todos os lugares, empilhadas umas nas outras", disse o capitão François Toulouse, chefe da segurança do Departamento de Vaucluse, onde fica Avignon. O homem, que a polícia não quis identificar, chegou a classificar as peças com a data e a localização do roubo, muitas vezes com um valor estimado.
De acordo com os policiais, os desfalques foram realizados principalmente no Departamento de Vaucluse, mas também ocorreram em Paris e até Londres, mas não conseguiram dizer qual roubo foi realizado quando o francês visitou o Reino Unido.
"Ele roubou puramente por prazer, pela adrenalina do ato, e nunca vendeu o material que roubou, mas o empilhou em casa", disse o capitão Toulouse ao jornal Le Parisien. "Ele usava um casaco grande e um chapéu para conseguiu sair com objetos muito pesados, como uma escultura de mármore que pesava 40 quilos", disse, acrescentando que ainda não está claro se o ladrão sempre atuava sozinho ou se tinha um cúmplice.
Fim de linha
A carreira criminosa extremamente bem-sucedida do francês, um ex-funcionário público, acabou agora, no final de julho, quando identificado pelo recepcionista de um hotel de Avignon, onde ele havia roubado duas pinturas um mês antes.
O funcionário do hotel alertou um policial, que prendeu o ladrão e depois descobriu a surpreendente “coleção” de arte quando invadiram sua casa.
À polícia o larápio, que eles disseram ser "afável e cooperativo", afirmou ser cleptomaníaco. Cinco dos trabalhos encontrados no apartamento foram listados no banco de dados da agência francesa que rastreia arte roubada.
Mais de 40 obras já foram devolvidas às pessoas que apresentaram provas de que eram as legítimas proprietárias. O francês ladrão deve ser julgado nos próximos meses em Avignon pelo roubo das duas pinturas no hotel na mesma cidade e, em uma fase posterior, pelo restante dos crimes.
Fotos: Polícia Nacional Francesa
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro