Fotografia de Derek Chauvin - Divulgação/The Minnesota Department of Corrections
Estados Unidos

Caso George Floyd: Em novo julgamento, Derek Chauvin se declara inocente

Atualmente o ex-policial condenado cumpre pena pelo assassinato de Floyd

Redação Publicado em 15/09/2021, às 09h42

Segundo informações da agência de notícias AFP, o ex-policial Derek Chauvin, de 45 anos, se declarou inocente no início de um novo julgamento que investiga o assassinato do ex-segurança negro, George Floyd.

Em maio de 2020, em Mineápolis, Minnesota, Derek foi filmado em cima de Floyd enforcando a vítima, que parou de respirar e veio a óbito. Sua morte desencadeou uma série de protestos contra o racismo nos EUA e no mundo.

Sabe-se que apesar da condenação, Chauvin nunca reconheceu qualquer irregularidade na morte de George. De acordo com a reportagem, além dele outros três policiais envolvidos no caso também declararam inocência.

No julgamento anterior, que condenou Derek a 22 anos e meio de prisão, o ex-policial alegou que seguiu os procedimentos e que a morte de Floyd se deu por problemas de saúde agravados pelo uso de drogas.

Atualmente cumprindo pena, Chauvin e os outros três policiais serão julgados em março de 2022, sob a acusação de "cumplicidade em homicídio".

O caso 

Após ser atacado, George, deitado, repetia diversas vezes que não conseguia respirar, sem receber ajuda do policial. Além de rasgar as roupas do homem e imobilizá-lo de bruços próximo ao meio fio de uma calçada, diversas testemunhas pediram para que o policial retirasse o joelho de seu pescoço, sem sucesso.

Além disso, era possível notar que o nariz do profissional sangrando durante a ação até Floyd implorar pela vida: "Não me mate".

De acordo com a polícia, o rapaz era suspeito após um chamado de uso de cartões de crédito falsos para compras em uma loja de conveniência em Minneapolis, na cidade de Minnesota, recebendo orientações para sair do seu veículo. Os quatro policiais envolvidos afirmaram que Floyd desacatou a saída e "parecia está intoxicado".

Após ação, o homem foi colocado numa maca pelos militares, alegando que o mesmo apresentou problemas médicos após ser algemado. Em seu carro, nenhum cartão de crédito ou nota fiscal correspondente à compra no local onde a denúncia existiu foram encontrados. Ou seja, uma falsa acusação. 

Manifestações

No dia seguinte ação policial, quando Darnella divulgou o vídeo em suas redes sociais, o Departamento de Execução Penal de Minnesota abriu um inquérito para investigar as condições da ocasião além de demitir Derek e outros três policiais presentes na operação. 

Diversas manifestações foram feitas em Minneapolis pedindo a prisão dos envolvidos e relacionando a morte do homem ao racismo estrutural presente na instituição militar. O movimento Black Lives Matter relaciona o episódio com a semelhança na morte de Eric Garner, que também faleceu em 2014 após ser asfixiado em uma ação policial. 

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