Na última semana, Genivaldo de Jesus Santos foi trancado dentro de uma viatura e asfixiado até a morte com um gás
Fabio Previdelli Publicado em 30/05/2022, às 13h55
Na quarta-feira, 25, da semana passada, Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi morto após abordagem truculenta da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Trancado dentro do porta-malas de uma viatura, ele foi asfixiado até a morte por um gás. O caso ocorreu em Umbaúba, litoral sul de Sergipe.
Conforme repercutido pela equipe do site do Aventuras na História, o caso gerou enorme indignação popular. Nas redes sociais, internautas comparam a morte do homem negro com as vítimas das câmaras de gás na Segunda Guerra Mundial.
Apesar da revolta, o delegado da Polícia Federal (PF) em Sergipe, Fredson Vidal, entende que não há “motivos” para que os agentes envolvidos na abordagem sejam presos. A declaração foi dada em entrevista ao Fantástico na noite de ontem, 29.
A investigação está em andamento, está fluindo, a polícia rodoviária está contribuindo com a investigação desde o início. Então, a meu ver, não tem motivo para se subsidiar qualquer tipo de prisão dos policiais”, declarou Vidal.
O delegado da PF ainda foi indagado se o crime tivesse sido cometido por uma ‘pessoa comum’, ao invés de um agente de segurança pública, esta pessoa estaria presa ou não. "Eu não posso te afirmar se estaria ou não preso. É um caso bem polêmico, realmente impactante, traumático para quem vê as imagens”, se limitou a dizer Fredson.
Após a repercussão da morte de Genivaldo de Jesus Santos, a PF enviou à Sergipe quatro peritos do Instituto Nacional de Criminalística da Diretoria Técnica Científica para apurar o ocorrido. Espera-se que o inquérito seja aberto e finalizado em até 30 dias.
Segundo noticiado pelo UOL, o Ministério Público Federal (MPF) também está acompanhando o caso e chegou a abrir dois procedimentos (um civil e outro criminal) para apurar as circunstâncias que levaram à morte de Genivaldo.
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