Casal culpou menina com deficiência de 4 anos de idade pela morte do garoto; segundo juíza, versão possui "profundas contradições"
Redação Publicado em 12/01/2023, às 15h23
O casal que foi preso em Belo Horizonte, no último domingo, 8, por suspeita de maus-tratos que levaram à morte de um menino de 2 anos de idade, tentou colocar a culpa do ocorrido em uma outra criança, de apenas 4 anos. Ian Henrique morreu na última terça-feira, 10, dois dias após ter dado entrada em um hospital com ferimentos graves na cabeça.
Segundo informações do UOL, a criança acusada pelo casal é uma menina com deficiência que não anda sozinha e tem as pernas engessadas. Ela é filha dos suspeitos Bruna Cristine dos Santos, de 34 anos, e Márcio da Rocha Souza, de 31, quem é pai de Ian.
De acordo com a juíza Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto, quem determinou a prisão preventiva dos suspeitos, a versão apresentada pelo casal apresenta "profundas contradições".
"Não é crível que a outra criança, gravemente enferma e com debilidades seríssimas, tenha dado golpes com as perninhas engessadas na cabeça e rosto da criança Ian, a ponto de causar sua morte encefálica", diz trecho da decisão, conforme informações do portal de notícias.
De acordo com a fonte, quando foram detidos em flagrante, os dois suspeitos não citaram qualquer briga entre as crianças. Na ocasião, eles afirmaram que o menino havia caído no piso da cozinha, que estaria sujo.
A magistrada, que chegou a comparar a história de Ian com a do menino Henry Borel, morto aos 4 anos de idade, defendeu que o caso tenha "aprofundamento das investigações, inclusive o célere resultado da perícia no local do crime e o necessário laudo de necropsia da vítima".
Segundo a juíza, "os depoimentos dos autores são extremamente frágeis, inconsistentes, carecem de credibilidade perceptível ao homem médio, revelando-se a extrema brutalidade das agressões que vitimou a criança Ian, agredida violentamente, ceifando-lhe a vida".
A mãe do pequeno, Isabela Carolina de Almeida Costa, 27, afirma que somente foi comunicada de que o fillho havia se machucado no sábado, 7, quando ele já estava a caminho do hospital, no domingo 8.
Ela disse que soube que o garoto caiu duas vezes, primeiro durante o dia e depois à noite, e que ele chegou a vomitar diversas vezes. De acordo com Costa, a madrasta, no entanto, teria dado apenas um remédio para a criança e a colocado para dormir.
"Mesmo vendo a situação, ela não chamou o SAMU, não levou para o hospital, não prestou socorro. (...) Na primeira queda já deveria ter levado para o hospital. Eu fui comunicada no momento que ele já estava indo pro hospital", disse Isabela. O menino foi enterrado na última quarta-feira, 11.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro