Caso sejam condenados, os norte-americanos Nicholas e Mackenzie Spencer podem enfrentar pena de morte
Redação Publicado em 22/12/2022, às 18h11
Um casal norte-americano da Carolina do Sul, mas que atualmente vive em Uganda, está sendo acusado de torturar seu filho adotivo de apenas 10 anos. Há também a suspeita que eles possam estar envolvidos em um caso de tráfico infantil, aponta a Reuters.
Caso sejam condenados, Nicholas e Mackenzie Spencer, ambos com 32 anos, podem enfrentar pena de morte. Eles se mudaram para a região de Kampala em 2017, com a intenção de realizarem trabalhos humanitários.
No ano seguinte, repercute a People, eles acolheram três filhos adotivos de um ministério cristão local. Conforme aponta uma nota do Departamento de Polícia de Uganda, publicada em 13 de dezembro, os Spencers são acusados de maus-tratos a um menino de 10 anos.
Os relatos apontam que a criança andava “descalça e nua durante todo o dia”. Às vezes, ele também era forçado a “agachar-se em uma posição estranha”. O jovem, ainda, seria obrigado a dormir em uma plataforma de madeira sem colchão ou roupa de cama.
Ao The Daily Monitor, uma cuidadora da criança apontou que os Spencers, supostamente, mantinham a criança confinada em uma pequena sala de azulejos. O menino também não frequentava a escola e era monitorado o tempo todo por uma câmera.
Acreditamos que a vítima poderia ter sofrido atos de tortura mais graves, longe da câmera", aponta o comunicado.
“Eu queria deixar o emprego, mas sabia que se saísse sem fazer nada a respeito, a tortura continuaria”, apontou a cuidadora ao veículo. A polícia só foi acionada depois que vizinhos demonstraram preocupação com a condição da criança.
Segundo a People, o casal está sob custódia desde o último dia 9. Em uma recente audiência, a promotora Joan Keko apontou que eles foram colocados nessa condição devido ao grande “risco de fuga”, visto que eles não possuem laços locais ou familiares.
À France-Presse, o advogado do casal apontou que as acusações de tráfico infantil “não fazem sentido”, visto que "da última vez que estivemos no tribunal, o estado disse que as investigações estão concluídas".
Nicholas e Mackenzie também se declararam inocentes das acusações preliminares levantadas contra eles, mas ainda não entraram com um pedido de apelo sobre a acusação de tráfico de crianças. O caso segue sendo investigado.
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