Representação da casa no filme The Amityville Horror - Divulgação
Horror em Amityville

Casa de 'Horror em Amityville' pode seguir mal-assobrada mesmo após 50 anos

Há exatos 50 anos, Ronald DeFeo Jr. assassinava seis pessoas de sua família na casa de número 112 da Ocean Avenue; relembre!

Fabio Previdelli Publicado em 13/11/2024, às 14h00

Há exatos 50 anos, em 13 de novembro de 1974, Ronald DeFeo Jr. assassinou seis pessoas de sua família na casa de número 112 da Ocean Avenue, em Amityville, Nova York. O episódio ficou conhecido como 'Horror em Amityville'

+ Amityville: Os relatos sobre a casa que foi palco de crime brutal

Depois de todos esses anos, vizinhos e especialistas em fenômenos paranormais próximo ao caso apontam que a casa ainda pode ser "mal-assombrada", conforme repercute matéria do NY Post. 

A casa 112 da Ocean Avenue, na cidade de Amityville / Crédito: Getty Images

O endereço em Long Island provavelmente mantém entidades demoníacas "adormecidas" em seu interior, esperando para serem despertadas e evocadas novamente.

Absolutamente. Acredito que há mais coisas neste mundo que não entendemos, e não descarto a possibilidade de forma alguma", disse Fran Walters, vizinho da casa há 28 anos.

"Quando me mudei para cá, eu passava por lá e não conseguia acreditar que havia uma menina brincando na frente. Me lembro de pensar: 'Como uma família com crianças pequenas pode comprar esta casa?'", pensou.

A casa do massacre

A grande verdade é que, há anos, o endereço atrai curiosos por conta das alegações de que o imóvel é mal-assombrado. Na realidade, as especulações acontecem desde o massacre de novembro de 1974. 

Afinal, por volta das 3 horas da manhã, Ronald Jr., então com 23 anos, se levantou da cama com um rifle calibre 35 nas mãos e executou seus pais e quatro irmãos enquanto eles dormiam.

Posteriormente, DeFeo foi trabalhar normalmente. Horas depois, ele invadiu um bar local e alegou que alguém havia atacado sua família. No ano seguinte, ele foi condenado à prisão perpétua, mas passou a vida culpando uma longa lista de outras pessoas — inclusive "vozes" vindas da casa que o incentivaram aos assassinatos.

Embora se acreditasse que DeFeo era um grande usuário de drogas, os famosos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren — que mais tarde foram ficcionalizados na série de filmes 'Invocação do Mal' — passaram a acreditar que ele estava realizando rituais satânicos, e que aquelas vozes podem ter sido forças demoníacas que ele liberou na casa.

Mugshot de Ronald DeFeo Jr./ Crédito: Reprodução/Video/YouTube/ Rotting Llama Productions

"DeFeo estava envolvido com satanismo", disse Tony Spera, genro dos Warrens e líder da New England Society of Psychic Research, ao NY Post. "Ele tinha um quartinho que chamavam de 'red room' porque era pintado de vermelho, e há um pequeno cubículo e ele guardava seus artefatos satânicos lá".

“Coisas estavam acontecendo na casa", afirma. "Algo estava acontecendo naquela casa que era nefasto, e acreditamos que era Ronald DeFeo Jr. fazendo esses rituais satânicos".

Uma farsa?

Enquanto Ronald era julgado, George e Kathy Lutz se mudaram para a casa em Amityville com seus três filhos após comprarem o endereço pelo preço irrisório de 80.000 dólares. Nos 28 dias seguintes, a família alegou ter sofrido com uma série de eventos paranormais e fugiram do local. 

"Houve um acordo para George encontrar Ed e Lorraine em uma pizzaria a cerca de cinco quarteirões da casa de Amityville. Ed disse: 'Bem, vamos até a casa e daremos uma olhada'", relata Spera. "George se levanta, pega as chaves da casa. Ele diz: 'Aqui estão as chaves. Eu não vou entrar naquela casa... Eu não vou chegar nem perto daquela casa. Me faça um favor, Ed, em tal gaveta tem uma escritura da casa. Só me dê isso, pode ser?'".

Em 1977, os Lutz assinaram um contrato autorizando a publicação do livro sobre a história do local: 'The Amityville Horror: A Story'; que se tornou um sucesso de vendas e deu origem até mesmo a uma série de filmes. No entanto, o advogado de DeFeo Jr. relatou que tudo era uma farsa e que havia encontrado os Lutz tramando a narrativa enquanto bebiam vinho — mas eles mantiveram a versão até o fim da vida. 

Ao longo dos últimos anos, o endereço mudou de mãos inúmeras vezes e nenhum dos antigos donos relatou algo sobrenatural. Mas Spera acredita que isso não necessariamente signifique que os Lutz estavam mentindo. 

Ed costumava não querer falar muito sobre isso, porque ele dizia que quanto mais reconhecimento você dá a isso, mais provável é que algo aconteça. Depende da entidade, também, que pode estar naquela casa. Pode ficar adormecida por anos", explica. 

"Pode ser que — e estou enfatizando a palavra possivelmente — ainda haja algo adormecido naquela estrutura que poderia reacender com o reconhecimento, ou alguém fazendo rituais na casa, encantamentos, ou uma família que seja suscetível a assombrações", finaliza.

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