Durante Festival de Cannes, cartaz com nomes de 129 mulheres assassinadas chamou atenção
Luisa Alves, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 23/05/2022, às 15h46
Um cartaz com nomes de 129 mulheres assassinadas foi estendido por feministas no tapete vermelho da 75º edição do Festival de Cannes, ocorrido no último domingo, 25, no Palácio dos Festivais, na França. As informações são da Veja.
O cartaz continha os nomes de 129 vítimas, escritos com tinta preta. Foi estendido na escadaria do local durante a exibição do longa ‘Holy Spider’, um documentário sobre feminicídios, que conta a história de um serial killer, nomeado “assassino aranha”, que está sendo investigado por um jornalista, Ali Abbasi, pelo assassinato de prostitutas na cidade de Mashhad, no Irã. O filme concorre à Palma de Ouro. A história é baseada no caso real do assassino Saeed Hanaei, que matou 16 mulheres.
As 12 ativistas do coletivo feminista Les Colleuses, homenagearam as mulheres que morreram, vítimas de violência doméstica na França, desde julho do ano passado. Vestidas de preto, algumas delas ergueram os punhos em lembrança à essas vidas.
O momento foi fotografado por Raymond Depardon, fotógrafo francês. O documentário "Riposte Féministe", foi dirigido por seu filho, Simon, com Marie Perennès. E mostra essas ativistas colando cartazes em muros de cidades francesas, a fim de denunciarem a violência contra as mulheres.
As mulheres chegaram ao evento antes da equipe e do elenco do filme. Além de segurarem o cartaz, elas dispararam sinalizadores com fumaça, sem serem interrompidas por seguranças.
Outra manisfestação feminista ocorreu no tapete vermelho do Festival de Cannes, nessa sexta-feira, 20. Uma mulher seminua, com a bandeira da Rússia pintada sobre seu corpo, onde estava escrito “Stop Raping Us” ('Parem de nos estuprar'), invadiu a premiação durante a exibição do filme “Three Thousand Years of Longing”, de George Miller.
Seu protesto era contra as acusações abusos sexuais sofridos por mulheres ucranianas durante a guerra na Rússia. Ela pintou sua calcinha com tinta vermelha, com marcas de mãos ensaguentadas na virilha. A mulher foi retirada do local por seguranças, que a cobriram com um paletó.
Jornalistas não puderam filmar o momento que foi apenas registrado por fotógrafos do evento. As imagens foram mostradas dentro da sala de cinema, onde o filme estava sendo exibido. Depois disso, o evento seguiu normalmente.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro