O ex-tesoureiro católico cumpriu pena por um ano, após ser condenado por crime contra menores
Penélope Coelho Publicado em 07/05/2020, às 10h56
Segundo relatório da Royal Commission, publicado na manhã de hoje, 7, o cardeal George Pell, sabia dos abusos sexuais cometidos por padres contra menores de idade, em igrejas australianas, desde a década de 1970. Porém, nunca agiu de maneira contrária para interromper tais atos.
O homem, que já havia sido tesoureiro do Vaticano, também foi acusado por abusos sexuais, cumprindo pena de reclusão durante um ano, no entanto, em abril de 2020 foi absolvido das acusações, por autoridades australianas.
O relatório foi de acusações foi finalizado 2017, mas, ficou em sigilo durante um tempo, para evitar influenciar o julgamento do cardeal, por isso a divulgação tardia do documento.
Segundo a comissão, no ano de 1973 — quando George Pell era padre na diocese rural de Ballarat —, no estado de Victoria, o religioso sabia dos crimes sexuais do também padre, Gerald Ridsdale, que costumava levar meninos para passeios noturnos, atualmente Ridsdale está preso.
“Naquele momento, ele já tinha conhecimento de abuso sexual contra menores [...] Estamos convencidos de que, em 1973, o cardeal Pell não apenas estava ciente dos abusos sexuais a crianças por parte do clero, como também considerou medidas para evitar situações que provocassem rumores sobre o tema.”, afirma o relatório.
Outros crimes
Para a comissão, o cardeal foi negligente outras vezes. Em 1989, ele recebeu algumas reclamações contra o padre Peter Searson, acusado de pedofilia e de manter um comportamento violento.
Porém, o clérigo fez vista grossa e só atuou contra Searson, oito anos depois, em 1997. Pell admitiu que sua investigação deveria ter sido, em suas palavras: "um pouco mais agressiva.".Em comunicado oficial, divulgado na manhã de hoje, o cardeal alegou que as declarações contra Peter Searson na década de 1980, não mencionavam agressões sexuais.
Durante as investigações de abusos sexuais, foram ouvidas mais de 4 mil supostas vítimas que acusavam a igreja, em mais de 15% dos casos, os padres eram os agressores. Aos 78 anos, Cardeal Pell foi condenado em 2018, por ter abusado sexualmente de coroinhas em 1990, na cidade de Melbourne. Até hoje o homem nega as acusações e foi absolvido após dois processos de apelação.
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