Fernando Villavicencio, morto aos 59 anos, sofreu tentativa de assassinato em setembro do ano passado
Giovanna Gomes Publicado em 10/08/2023, às 07h23
O candidato à presidência que foi morto ontem no Equador já havia sofrido um atentado em setembro do ano passado. Fernando Villavicencio, renomado jornalista de 59 anos e aspirante ao cargo máximo, foi assassinado durante um comício eleitoral na capital, Quito, com três tiros na cabeça. Ele ocupava o quinto lugar nas pesquisas entre os concorrentes à sucessão de Guillermo Lasso.
Um suspeito ligado ao crime foi morto em um tiroteio com as forças policiais, enquanto outras seis pessoas já foram detidas em ações sob a supervisão do Ministério Público. A facção criminosa conhecida como Los Lobos reivindicou a responsabilidade pelo ataque, divulgando um áudio nas redes sociais.
Segundo informações do portal OGlobo, em maio deste ano, Villavicencio se tornou o primeiro a anunciar sua intenção de concorrer como candidato presidencial nas eleições marcadas para o próximo dia 20 de agosto. A chapa com a ambientalista Andrea González foi anunciada pelo partido Movimiento Construye.
Entre as propostas-chave do seu programa de governo, estava a implementação do Plano Nacional Antiterrorista. Esse plano tinha como foco a identificação das estruturas mais perigosas operando no Equador, incluindo o narcotráfico, a mineração ilegal, a corrupção e os subornos, todas essas questões interconectadas e relacionadas à política de combate a elas.
Na madrugada de 3 de setembro de 2022, Villavicencio foi alvo de um atentado, com disparos atingindo sua residência. Foi sua esposa quem ouviu os tiros e acionou a polícia de Quito para pedir ajuda.
Vale destacar que o político já havia recebido ameaças de diversos membros do crime organizado, especialmente do grupo "Los Choneros".
Fernando Villavicencio era conhecido por sua abordagem jornalística investigativa. Durante o governo de Rafael Correa, ele denunciou diversos casos de corrupção, e nos últimos tempos, fez várias denúncias envolvendo políticos e grupos do crime organizado que atuam no país.
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