YouTube alegou que não permite a disseminação de "informações médicas incorretas"
Redação Publicado em 29/06/2022, às 15h47
A Assembleia Legislativa de SP está impedida de publicar vídeos ou fazer transmissões ao vivo em seu canal do YouTube. A notificação foi dada nessa segunda-feira, 27. A plataforma alegou que as publicações da Alesp são contrárias à política de uso da plataforma em relação à covid-19.
O canal está suspenso por 7 dias. O YouTube alegou não permitir a disseminação de "informações médicas incorretas", após a exibição de um documentário intitulado 'Lockdown, uma história de desinformação e poder', em uma audiência promovida pelo deputado bolsonarista Douglas Garcia.
"[não permite] o envio de conteúdo que dissemine informações médicas incorretas que contrariem as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) ou das autoridades locais de saúde sobre a covid-19", disse a plataforma em comunicado.
Lançado em setembro de 2021 e dirigido por Ian Maldonado, o documentário já em seu trailer critica o uso de máscaras e associa a pandemia a lucratividade de indústrias farmacêuticas. O deputado Douglas Garcia afirmou em sessão, que o canal não disseminou ideias antivacina.
"O documentário que foi reproduzido aqui na Assembleia Legislativa do estado nem sequer cita a palavra vacina ou antivacina", afirmou Douglas em uma sessão. "O 'Lockdown' nada tem a ver com antivacina, tem a ver com direito à liberdade.", disse.
O deputado bolsonarista Douglas Garcia acusou a postura da plataforma de "feita de maneira ditatorial e nojenta", acusando-a de censura. O vídeo da audiência do parlamentar também foi derrubado, segundo a Folha de São Paulo.
A Alesp, que já havia recebido outra advertência no ano passado pela organização de um ato solene sobre vacinação compulsória por Douglas, aguarda uma posição do Youtube para liberação do canal, depois da apresentação de uma argumentação.
No canal 'Hipócritas' do youtube, o presidente Jair Bolsonaro defendeu novamente o uso de medicamentos sem eficácia contra a Covid, sem citar os nomes cloroquina e ivermectina. Ele contou uma situação em que ameaçou transferir um médico militar, se esse não prescrevesse os medicamentos que ele desejava.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro