O recorde tem o maior número de abstenções desde a primeira eleição com urnas eletrônicas, totalizando mais de 45 milhões de eleitores
Wallacy Ferrari Publicado em 16/11/2020, às 08h01
As eleições municipais realizadas no último domingo, 15, registraram um recorde de ausências, votos nulos e brancos desde o início da realização das votações por urnas eletrônicas, em 1996. Com 99,7% das urnas apuradas, o TSE concluiu que 30,6% dos eleitores registrados não escolheram um candidato para prefeito e vereador de suas respectivas cidades.
A porcentagem representa mais de 45 milhões de eleitores que não fizeram questão de eleger um pleiteante aos cargos municipais, sendo quase 4 milhões que votaram em branco e mais de 7 milhões com votos nulos. O novo recorde superou a eleição municipal anterior, que teve 27,8% de ausentes, brancos e nulos somados em 2016.
Durante o primeiro turno, o estado com o maior número de nulos, brancos e ausentes foi o Rio de Janeiro, onde 39,16% dos eleitores não escolheram candidato, seguidos de São Paulo, com 37,22%, e Rondônia, com 33,1%. Somente com os três estados, o Brasil registrou 16.490.335 a menos para os candidatos municipais.
O estado com menos abstenções nos votos foi o Piauí, que conseguiu ter 79,89% dos eleitores comparecendo as urnas e atribuindo o voto a candidatos regionais, tendo apenas 20,11% de ausências, brancos e nulos. Em penúltimo e antepenúltimo estão, respectivamente, o estado de Tocantins, com 21,84%, e a Paraíba, com 22,42%.
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