O ex-presidente Jair Bolsonaro - Getty Images
Bolsonaro

Bolsonaro releva terrorismo em Brasília: “Muita gente sendo injustiçada”

“Aquilo não é terrorismo pela nossa legislação”, disse ex-presidente em primeiro evento público nos EUA, onde também declarou que governo Lula “não vai durar muito tempo"

Redação Publicado em 01/02/2023, às 10h35

Desde pouco antes do fim de seu mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu abandonar o Brasil do que passar a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro. 

O líder da extrema-direita no país, que nunca aceitou o resultado do pleito eleitoral, se manifestou sobre os ataques terroristas de seus fiéis seguidores em Brasília no último dia 8. A declaração se deu em seu primeiro evento público nos Estados Unidos desde que deixou o Brasil. 

E um evento com apoiadores em um centro de Orlando, na última terça-feira, 31, Bolsonaro fez fortes declarações sobre o governo Lula, conforme repercutido em matéria pela Folha de São Paulo. 

Pode ter certeza, em pouco tempo teremos notícias. Por si só, se esse governo [Lula] continuar na linha que demonstrou nesses primeiros 30 dias, não vai durar muito tempo", afirmou. 

Atos golpistas

Ainda no evento, que tinha ingressos vendidos entre US$ 10 (comum) e US$ 50 (entrada VIP), o ex-presidente comentou sobre os ataques terroristas de seus seguidores às sedes dos Três Poderes

"A gente lamenta o que alguns inconsequentes fizeram no 8 de janeiro. Aquilo não é a nossa direita. Não é o nosso povo", apontou. 

Entretanto, logo em seguida, Bolsonaro fez uma ressalva. "[Tem] muita gente sendo injustiçada lá. Aquilo não é terrorismo pela nossa legislação. Tem gente que tem que sim ser individualizada, invasão, depredação, e cada um que pague por aquilo que fez."

Por fim, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que sempre alimentou uma crença em fraude eleitoral, falou sobre o resultado das eleições. Como sempre, todavia, jamais apresentou provas sobre o assunto. 

Eu nunca fui tão popular [como] no ano passado. Muito superior a 2018. No final das contas, a gente fica com uma interrogação na cabeça", finalizou.
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