As declarações de Bolsonaro foram feitas em conversa com apoiadores em Brasília
Redação Publicado em 11/07/2022, às 11h32
O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) citou hoje, em conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada, em Brasília, o ocorrido em 2018 com Adélio Bispo, que atacou o então candidato à presidência com uma faca em ato pró-bolsonarista.
A menção foi realizada para tentar contestar o assassinato de um militante do PT ocorrido ontem em Foz do Iguaçu, no Paraná, por um apoiador de Bolsonaro.
Vocês viram o que aconteceu ontem, né, a briga de duas pessoas lá em Foz do Iguaçu? Bolsonarista, não sei o que lá... Agora, ninguém fala que o Adélio era filiado ao PSOL, né?", disse o presidente hoje à seus apoiadores.
Apesar do incômodo do presidente com a forma como as pessoas tratam os dois casos, a investigação da Polícia Civil do Paraná indica que o crime realizado ontem em Foz do Iguaçu teve, de fato, motivações políticas para sua realização.
O agente penitenciário bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho invadiu a festa de aniversário do guarda municipal Marcelo Arruda, militante do PT, e o assassinou a tiros após grito de "aqui é Bolsonaro", como informado em boletim de ocorrência.
A facada sofrida por Bolsonaro em 2018, por sua vez, foi, de fato, provocada por Adélio Bispo, mas este já não era vinculado ao PSOL na ocasião da autoria do crime — ele foi filiado ao partido entre 2007 e 2014. Adélio, no entanto, foi declarado inimputável por ter doença mental, mas Bolsonaro acredita que há uma conspiração por trás do crime.
Ainda ontem, após a divulgação do crime realizado em Foz do Iguaçu, Bolsonaro publicou em suas redes sociais comentário sobre o crime. O presidente, em vez de prestar solidariedade à família da vítima, aproveitou a oportunidade mais uma vez para atacar a esquerda política do país.
Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos", disse o presidente em seu Twitter.
- Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018:
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 10, 2022
Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos.
Ainda no Twitter, Jair Bolsonaro acrescentou que "é o lado de lá [esquerda] que dá facada, cospe, destrói patrimônio, solta rojão em cinegrafista, protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas."
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