O acervo da Biblioteca Histórica do Itamaraty possui itens únicos, como a coleção rara do Barão do Rio Branco e documentos da escravidão
Redação Publicado em 27/09/2023, às 15h41
Na última segunda-feira, 25, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a liberação de R$ 16,3 milhões, que serão utilizados na restauração do acervo do Ministério das Relações Exteriores (MRE), instalado no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro.
O valor, que será bancado por empresas estatais e privadas, integra uma iniciativa de revitalização cultura, que soma R$ 33,2 milhões. Entre as ações estão: a restauração da estrutura da Biblioteca; a identificação, preservação e digitalização de livros, fotos, mapas e documentos; e a execução de programas de educação patrimonial.
Conforme repercutido pelo portal do Jornal O Dia, a expectativa é que a reforma aumente o número de visitantes do local, assim como o acesso aos documentos e objetos históricos presentes no local, transformando-o em um centro cultural da cidade.
O acervo é uma parte importantíssima da memória do Brasil que estava em risco, não só de incêndio, mas de deterioração. Estamos conseguindo interromper esse processo, salvar o acervo e devolvê-lo para a população, pesquisadores e historiadores.", afirmou a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
A Biblioteca Histórica do Itamaraty conta com mais de 140 mil itens, entre eles, coleções raras, como a que esteve sob a posse do Barão do Rio Branco. Seu arquivo, que soma cerca de 3.226 metros de documentos, é tido como um dos mais importantes do Brasil, conforme o Arquivo Nacional.
O acervo também conta com registros da Secretaria dos Negócios Estrangeiros da Coroa Portuguesa, datados da transferência da corte para o Brasil em 1808. Documentos únicos sobre a independência do país e a escravidão, como o Tratado de Paz, Amizade e Aliança entre o Reino de Portugal e o Império do Brasil, e descrições dos aprisionamentos de navios negreiros também estão presentes na Biblioteca.
Já a Mapoteca Histórica do Itamaraty, com seus 30 mil itens, é considerada a mais notável de toda a América Latina, por abranger a exemplares da cartografia ocidental desde o século XVI, além de itens das mais importantes escolas cartográficas. Entre os documentos, vale destacar o mapa-múndi de 1512, onde o nome “Brasil” aparece pela primeira vez, no contexto de colônia portuguesa na América.
Vale destacar que o Palácio do Itamaraty, tombado em 1938 e localizado na Avenida Marechal Floriano, é o principal local de recepção de delegações estrangeiras no Rio de Janeiro. Em 2024, ele sediará os chefes de estado durante a cúpula do G20.
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