Escrita por médico especialista, obra aponta que a família real britânica promoveu a popularização de tratamentos sem evidências científicas
Redação Publicado em 23/05/2022, às 07h14
Uma nova biografia não-autorizada sobre o príncipe Charles abordou sua relação com a medicina alternativa. A obra foi escrita pelo médico Edzard Ernst, crítico da maioria dos tratamentos considerados alternativos, como a homeopatia, acupuntura e quiropraxia.
Aos 74 anos, o pesquisador é professor emérito da Universidade de Exeter, no Reino Unido, instituição na qual fundou a primeira cátedra de medicina complementar em todo o mundo.
Em seu último livro, "Charles, The Alternative Prince - An Unauthorized Biography" ("Charles, o Príncipe Alternativo - Uma Biografia Não-Autorizada", em tradução livre e sem versão em português), ele aponta que o herdeiro do trono britânico apoiou a medicina alternativa nas últimas quatro décadas.
Ernst disse em entrevista à BBC News Brasil que o príncipe Charles "começou a seguir um caminho relacionado ao misticismo e à pseudociência desde jovem."
"Ele tem promovido não apenas a homeopatia, mas qualquer outra medicina alternativa que você possa pensar. O curioso é que ele se interessa particularmente por aquelas terapias que são as menos científicas", declarou o médico.
"Isso foi tão longe que certa vez ele declarou se orgulhar de ser considerado um inimigo do iluminismo. Do meu ponto de vista, isso é uma frase muito clara, que revela a atitude do príncipe a respeito da ciência e da medicina."
Ernst revelou à fonte que "a família real tem uma relação de séculos com a medicina alternativa".
Segundo ele, "nos primeiros anos do surgimento da homeopatia, um médico britânico foi para a Alemanha e aprendeu a prática direto com o fundador, Samuel Hahnemann. Depois, ele voltou para o país dele. Esse homem tinha muitas conexões com a aristocracia e, desde então, a família real parece amar a homeopatia."
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