O papa emérito Bento XVI - Wikimedia Commons
Religião

Bento XVI é enterrado após funeral com 50 mil pessoas

Com homenagens capitaneadas pelo papa Francisco, o antecessor do cargo máximo do catolicismo foi sepultado após 5 dias do óbito

Wallacy Ferrari Publicado em 05/01/2023, às 16h17

Após grandiosa cerimônia de despedida, acompanhada por milhares de fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, o funeral do papa emérito Bento XVI, que morreu no último dia do ano de 2022, se encerrou nesta quinta-feira, 5, com ele sendo enterrado no mesmo local onde os papas João XXIII e João Paulo I foram sepultados.

O funeral foi conduzido pelo atual opupante do cargo máximo do catolicismo, o papa Francisco, encerrando a rara condição onde existiam dois papas vivos no planeta. No local, ele presidiu as homenagens de Joseph Ratzinger, de origem alemã. A polícia italiana estima que ao menos 50 mil pessoas passaram no local nos cinco dias de cerimônia.

O número chama atenção pelo fato de ter sido quase dez vezes menor do que em 2005, quando o papa João Paulo II, então papa vigente, faleceu e reuniu, no mesmo local, aproximadamente 500 mil pessoas, como informa o portal de notícias G1. O de Bento XVI, no entanto, contou com uma estrutura funerária mais moderna.

Testamento 

Joseph Ratzinger deixou para trás um testamento espiritual que foi divulgado no site oficial do Vaticano. Vale enfatizar que a última mensagem do religioso para os fiéis, foi, na verdade, escrita em 2006, quando a pontífice só havia passado um ano liderando a Igreja. Entre suas linhas, Bento XVI inclui um pedido de desculpas, confira: 

Rezo para que a nossa terra permaneça uma terra de fé e vos peço, queridos compatriotas: não vos distraiais da fé. E finalmente agradeço a Deus por todo o belo que pude experimentar em todas as etapas do meu caminho, especialmente, porém, em Roma e na Itália, que se tornou a minha segunda pátria. A todos aqueles que de algum modo tenha cometido um erro, peço perdão de coração", disse ele em sua despedida. 

O papa emérito usou seu testamento ainda para enfatizar a necessidade dos católicos permanecerem "firmes em sua fé" diante da ciência, que "com frequência" pareceria "oferecer resultados irrefutáveis". Em resposta a essa ideia, Ratzinger afirmou pensar que, na verdade, o "diálogo com a ciência" seria positivo por ajudar a delinear a "especificidade" do papel da religião. 

É no diálogo com as ciências naturais que também a fé aprendeu a compreender melhor o limite do alcance de suas afirmações e, portanto, a sua especificidade", observou. 
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