Grupo de alpinistas que danificou petróglifos de nativos americanos planejava escalada em montanha no estado; equipamento atingiu gravura
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 30/12/2024, às 14h30
Autoridades de Utah, nos Estados Unidos, estão investigando quem instalou âncoras de escalada em um painel de petróglifos esculpido por nativos americanos há cerca de mil anos.
Os parafusos, utilizados por escaladores para prender cordas e evitar quedas, foram descobertos no início de novembro no Painel de Petróglifos de Ovelhas Grávidas, localizado no nordeste do estado. O Gabinete do Xerife do Condado de Utah, por meio de uma publicação no Facebook, pediu ajuda ao público para identificar os responsáveis pelo ato de vandalismo.
Era 10 de novembro de 2024 quando foi descoberto que parafusos de escalada haviam sido instalados no painel de petróglifos, informou o NY Post. O caso está sendo investigado pela divisão de polícia do Bureau of Land Management (BLM), órgão federal que cuida da gestão de terras públicas.
O painel está localizado próximo ao mirante Musket Shot Springs, na Highway 40, a cerca de 17 km do Monumento Nacional dos Dinossauros, no Colorado. Embora a data exata da obra seja incerta, petróglifos similares em Utah foram datados de aproximadamente 1100 d.C., conforme o Museu de História Natural do estado.
A extensão dos danos ainda não foi totalmente avaliada, mas os petróglifos estão protegidos por leis estaduais e federais, incluindo a Lei de Proteção de Recursos Arqueológicos. De acordo com Elizabeth Hora, arqueóloga do Utah State Historic Preservation Office, a instalação das âncoras causou remoção irreversível de fragmentos da rocha.
Grande parte do impacto visual vem da poeira liberada. Podemos limpá-la e fazer reparos, mas não conseguimos restaurar a rocha original”, explicou Hora.
Autumn Gillard, gerente de recursos culturais da tribo indígena Paiute de Utah, destacou que os petróglifos possuem um significado sagrado para os povos nativos. “Para nós, esses locais são como igrejas. Quando as pessoas vandalizam esses painéis ou outros locais culturais, é tão ofensivo quanto se alguém entrasse em um templo e escrevesse ou pichasse nas paredes”, afirmou.
Autoridades continuam a busca por informações que possam levar à identificação dos responsáveis, reforçando a importância de preservar o patrimônio cultural e natural para as futuras gerações.
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