Especialista em doenças infecciosas teria contribuído, na visão dos cientistas, para o aumento da desconfiança na ciência
Giovanna Gomes Publicado em 29/05/2023, às 11h34
A imprensa francesa tem repercutido, nesta segunda-feira, 29, a publicação de uma tribuna no jornal Le Monde que critica a ausência de um punição contra o especialista em doenças infecciosas francês Didier Raoult, que se tornou conhecido durante o auge da pandemia de Covid-19.
O médico utilizou, na época, uma série de medicamentos sem qualquer eficácia comprovada em pacientes contaminados pelo vírus, o que teria sido, segundo os signatários do manifesto, "um enorme escândalo sanitário".
"Na ausência de reação das autoridades, falhas graves podem se tornar comuns", disseram os diretores de 16 grandes organizações francesas de pesquisas científicas, junto ao professor Alain Fischer, quem é presidente da Academia das Ciências e uma das maiores autoridades médicas da França.
Os especialistas alertam, de acordo com informações da agência RFI, que alguns testes clínicos realizados durante a pandemia pelo Instituto Hospitalar Universitário de Doenças Infecciosas de Marselha, então dirigido por Raoult, desrespeitaram protocolos científicos e normas jurídicas.
Para os signatários o grande destaque que essas práticas tiveram na época teria contribuído para a desconfiança de muitas pessoas na ciência e nas autoridades sanitárias.
No contexto particularmente tóxico da crise sanitária, as declarações peremptórias proclamando a eficácia desses tratamentos, infelizmente, tiveram grande sucesso entre o público", com consequências graves até hoje, destacam.
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