Atriz americana processa Igreja da Cientologia e seu líder, David Miscavige

A atriz norte-americana Leah Remini, de 53 anos, abriu recentemente um processo contra a Igreja da Cientologia, da qual fazia parte, bem como também contra seu líder, David Miscavige. De acordo com o depoimento da atriz, a instituição realizaria "tortura psicológica, difamação, vigilância, assédio e intimidação".

Conforme explica a Variety, Leah Remini entrou na religião da Cientologia em 1979, quando ainda tinha somente 9 anos de idade. Foi só em 2013 que ela decidiu abandonar a instituição, comparando-a com uma máfia, enquanto afirmava que ela impactou significativamente sua carreira profissional.

Por 17 anos, Cientologia e David Miscavige me submeteram ao que acredito ser tortura psicológica, difamação, vigilância, assédio e intimidação, impactando significativamente minha vida e carreira", alegou em comunicado, conforme descreve a Rolling Stone Brasil. "Acredito que não sou a primeira pessoa visada pela Cientologia e suas operações, mas pretendo ser a última."

A ação judicial de Remini contra a instituição teve início na quarta-feira, 2, no Tribunal Superior da Califórnia. No processo, a atriz exige "que Cientologia, e qualquer entidade que ela controle e financie, cessem e desistam de sua alegada prática de assédio, difamação e outras condutas ilegais contra qualquer pessoa que Cientologia tenha rotulado como um 'inimigo'".

Denúncias

Com este processo, espero proteger os meus direitos conforme garantidos pela Constituição dos Estados Unidos de falar a verdade e relatar os fatos sobre Cientologia. Sinto fortemente que a bandeira da liberdade religiosa não dá a ninguém licença para intimidar, assediar e abusar daqueles que exercem seus direitos da Primeira Emenda", escreveu Remini no Twitter, ainda.

"A Cientologia foi responsável por relatar esses crimes às autoridades civis, mas não fez isso. Em vez disso, os cobriu. A Cientologia e seu líder maligno, David Miscavige, obstruíram a justiça e participaram de uma conspiração para encobrir esses crimes. Eles fizeram isso muitas outras vezes em casos de estupro e outras más condutas sexuais", complementa.