Críticos ávidos ao atual regime chinês, Agnes Chow e o bilionário Jimmy Lai foram apenas alguns dos detidos pela polícia
Pamela Malva Publicado em 10/08/2020, às 14h25
Em mais um movimento de repressão ao ativismo pró-democracia na China, diversos militantes políticos foram presos pelo governo de Hong Kong, na segunda-feira, dia 10. Entre os acusados estão Agnes Chow e Jimmy Lai, dois críticos do regime atual.
Foi através da nova Lei de Segurança — aprovada e implementada pela China em junho — que o governo deteve os ativistas. Bastante específica, tal lei pune atos considerados pelo Estado como secessão, terrorismo, subversão e conspiração com forças estrangeiras. Pelos crimes, as penas podem chegar a prisão perpétua.
Aos 23 anos, Agnes Chow foi acusada de incitar secessão depois que sua casa foi revistada pela polícia. Ativista fervorosa, a jovem é uma das criadoras do grupo pró-democrático Demosisto, que foi desmanchado após a criação da nova lei.
O bilionário Jimmy Lai, por sua vez, foi preso por um suposto conluio com os Estados Unidos, segundo seu assessor. Aos 71 anos, o ativista pró-democracia já foi preso em fevereiro, por marcar presença em uma assembleia não autorizada.
Na ocasião, o encontro culminou em um protesto a favor da democracia. Em outro episódio, Jimmy Lai também se mostrou contrário ao governo de Pequim ao visitar Washington, a fim de conseguir aliados para a luta democrática, o que garantiu ao ativista a reputação de traidor do regime chinês.
Quanto às outras prisões, ainda não ficou claro o número de pessoas detidas pelo governo na manhã da segunda-feira. Ainda assim, o jornal Apple Daily afirmou que um dos filhos de Jimmy, Ian, também foi capturado, enquanto outros executivos seniores da empresa do bilionário seguem entre os alvos.
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