A perspectiva do homem a respeito da produção da Disney não foi bem recebida nas redes sociais
Redação Publicado em 03/06/2023, às 11h08
Marcus Ryder, um ativista britânico que luta pelo aumento da diversidade, atraiu repercussão negativa recentemente ao fazer uma crítica inusual do live-action de "A Pequena Sereia", que foi lançado neste ano pela Disney.
De acordo com o escritor, o filme infantil teria perdido a oportunidade de ensinar crianças a respeito do tráfico de escravos ocorrido no século 18, o que, em sua opinião, seria um tópico relevante para uma produção que é ambientada na região do Caribe durante esta época, conforme repercutiu o portal Deadline.
Não acho que fazemos nenhum favor às nossas crianças ao fingir que a escravidão não existiu (...) Ambientar a história fantástica neste espaço e tempo é o equivalente literal a ambientar um romance entre um judeu e um não-judeu na Alemanha dos anos 1940, ignorando o Holocausto desse povo", apontou Ryder em um texto publicado em seu blog pessoal.
A ideia de incluir referências às atrocidades da escravidão em meio ao conto de fadas sobre uma sereia que sonhava em ser humana, no entanto, não agradou muitos internautas.
A enxurrada de críticas recebidas pelo ativista britânico fez com que ele deletasse sua publicação viral no Twitter em que divulgava o link para o texto do blog. Ainda de acordo com o Deadline, Marcus Ryder afirmou ter sido "amplamente mal-interpretado", enfatizando que, no geral, havia gostado do remake de "A Pequena Sereia" — que assistiu com seu filho de seis anos.
"Isso tudo aponta para a importância da representação. E mesmo que não tenha sido divertido ser o alvo do ataque violento do Twitter, o positivo que espero que isso demonstre aos estúdios de cinema é que, se você aumentar a diversidade, poderá obter um público leal e comprometido que defenderá seu filme veementemente até mesmo da menor crítica, esse é o tipo de engajamento do público que o dinheiro simplesmente não pode comprar. Mesmo que neste caso eu ache que a crítica percebida foi amplamente mal interpretada", concluiu ele.
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