Ativista cola sua cabeça à pintura 'Moça com brinco de pérola' na Holanda

No Museu Mauritshuis, localizado na Holanda, dois ativistas da Just Stop Oil, grupo de resistência civil à produção de mais combustíveis fósseis, que poluem o meio ambiente durante sua queima, fizeram um ato de protesto envolvendo a famosa pintura "Moça com brinco de pérola" (1665). 

Um homem careca tentou colar sua cabeça ao quadro, enquanto o outro despejou o que parece ser molho de tomate na tela antes de se virar para fazer um discurso aos visitantes. 

Como você se sente quando diz algo bonito e inestimável aparentemente sendo destruído diante de seus olhos? Você se sente indignado? Bom. Onde está esse sentimento quando você vê o planeta sendo destruído?", questionou o manifestante. 

A seguir, ele esclareceu que a inestimável obra de arte "Moça com brinco de pérola" estava isolada por um vidro, de forma que "estava bem", apontando a seguir que "o futuro de nossas crianças", por outro lado, não está protegido. 

O episódio foi capturado por um vídeo divulgado pelas redes sociais. Na gravação, é possível ouvir os presentes condenando o ato de protesto, disparando palavras de ordem como "Vergonha!" e "Cala a boca!" à dupla. 

De acordo com uma nota de repúdio repercutida posteriormente pelo museu Mauritshuis, os especialistas do local puderam confirmar que a pintura de fato não foi danificada pelo ocorrido. 

A arte é indefesa e o Mauritshuis rejeita veementemente tentar danificá-la para qualquer finalidade”, declarou a entidade em resposta à ocorrência. 

Ocasiões anteriores 

Nas últimas duas semanas, episódios semelhantes ocorreram ao redor do globo, começando com as jovens ativistas do Just Stop Oil que jogaram molho de tomate no quadro "Girassóis", uma das mais famosas obras de Vincent Van Gogh, que repousa em um museu de Londres. 

Outra manifestação se deu em Berlim, capital da Alemanha, quando membros do Letzte Generation, outro grupo ambientalista, jogou purê de batata na Les Meules, pintura de Claude Monet. 

Nas duas ocasiões anteriores, assim como na mais recente, os quadros não sofreram danificações, uma vez que estavam protegidos por vidro.