Andrea Riseborough tem a indicação e campanha reavaliadas pela Academia
Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 31/01/2023, às 17h00
Entre as indicações do Oscar 2023, uma chamou a atenção até dos mais inteirados na indústria do cinema: a nomeação de Andrea Riseborough para melhor atriz, pelo filme independente “To Leslie”. Agora, a Academia se reunirá hoje (31) para discutir se a indicação de Riseborough seguiu as regras de campanha do Oscar.
Andrea Riseborough é uma atriz britânica conhecida por filmes como “Birdman” e “Animais Noturnos”. O projeto pelo qual ela concorre para o prêmio de melhor atriz, “To Leslie” é um filme elogiado pela crítica mas com um desempenho tímido na bilheteria. Mas a situação é mais complexa que isso.
O Oscar já se envolveu em muitas polêmicas por causa das campanhas para a votação. Muitas vezes, filmes considerados excelentes pelo público e pela crítica não aparecem na premiação porque não seguiram o caminho tradicional de campanha.
Neste ano, atrizes que estavam cotadas para a categoria de melhor atuação feminina, como Viola Davis (“A Mulher Rei) e Danielle Deadwyler (“Till”) ficaram de fora, o que também levantou antigas polêmicas sobre o preconceito racial que cerca a Academia, visto que Davis e Deadwyler são negras.
De acordo com o UOL, a campanha de “To Leslie” pode ter quebrado algumas das diretrizes do Oscar. Em post na conta de Instagram do filme, uma resenha do crítico Richard Roeper comparava a atuação de Riseborough e de Cate Blanchett, uma das favoritas ao prêmio, em “Tár”. Qualquer tipo de referência a outros indicados é expressamente proibido na campanha.
Outro post considerado foi realizado pela atriz Frances Fisher, quemarcou muitos membros da Academia para que assistissem ao filme. A atuação de Riseborough também foi recomendada nas redes por Kate Winslet, Gwyneth Paltrow e Demi Moore.
Segundo a BBC, a Academia quer garantir que “nenhuma diretriz foi violada” e examinar se as regras precisam ser mudadas para o novo contexto de mídias sociais.
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