Arqueólogos descobrem besta mítica de bronze em escavações na China

No ano passado, uma escultura misteriosa descoberta em um poço da província de Sichuan, na China, chamou a atenção de arqueólogos e os intrigou, por não entenderem do que se tratava. Recentemente, no entanto, conseguiram descobrir do que se tratava a figura: um tipo de besta mítica, possivelmente relacionada a algum tipo de culto da Idade do Bronze.

A estátua foi descoberta em julho de 2021, nas ruínas de Sanxingdui, uma das mais importantes relacionadas ao período da Idade do Bronze. Devido ao seu tamanho e peso — com cerca de 150 kg —, foi só no último dia 24 de agosto que conseguiram içar a peça, e determinar o que ela representava.

Segundo o jornal chinês South China Morning Post, como informado pela Revista Galileu, a figura é a maior identificada nas últimas décadas nessas escavações. Segundo relato de um dos arqueólogos da equipe, o 'animal' mede cerca de 1 metro de altura, além de possuir boca grande, cintura fina, orelhas enormes e quatro cascos 'embelezados'.

Além da representação do animal misterioso, uma estatueta humana, vestida de branco e que aparenta controlar a besta, foi anexada ao que se acredita ser o chifre da criatura. Além do mais, ainda um outro item humanoide foi encontrado ao lado, mas sem a cabeça, sem contar que a equipe de pesquisadores acredita, também, que havia originalmente outro objeto preso às costas do ser misterioso.

O que significa?

Além de todas as estatuetas, outro elemento que chamou a atenção dos arqueólogos foi a representação de uma árvore sagrada no peito do animal, o que os leva a acreditar que a antiga população de Sanxingdui adorava e endeusava a árvore, e o animal possivelmente teria alguma relação com as mitologias locais, da época.

Tal configuração não foi encontrada entre nenhum artefato previamente escavado. É extremamente interessante", diz um dos membros da equipe, Zhao Hao, ao South China Morning Post.

As ruínas em que a descoberta foi feita foram encontradas no final da década de 1920, onde hoje se encontra a cidade de Guanghan, no sudoeste da China, mas somente nos anos de 1980 que o local começou a ser escavado. Os trabalhos haviam sido pausados em 2002, mas retornaram em 2020, e desde então diversos artefatos vêm sendo encontrados.