O sarcófago negro de Alexandria pesa incríveis 30 toneladas - Ministério das Antiguidades do Egito
Egito Antigo

Arqueólogos abrem sarcófago gigante no Egito

A remoção de uma tampa de 15 toneladas da misteriosa peça revelou uma desagradável surpresa

Thiago Lincolins Publicado em 20/07/2018, às 11h54 - Atualizado às 17h40

Após encontrarem o maior sarcófago já visto em Alexandria, no Egito, Mostafa Waziry, chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito e uma equipe de especialistas em mumificação e restauração, em uma cerimônia diante de câmeras, descobriram o que havia dentro dele.

A descoberta do gigantesco sarcófago foi anunciada pelo Ministério de Antiguidades do Egito no dia 1º de julho. Fora encontrado durante escavações no Distrito de Sidi Gaber. Um colosso de 30 toneladas – só a tampa pesa 15. Além disso, o time de pesquisadores também notou a existência de uma camada de argamassa sob a tampa, o que indicaria um ótimo estado de conservação dos restos. Todavia, não foi o que encontraram ao abrir a tampa. O resultado foi um tanto... decepcionante. 

O interior do sarcófago Ministério de Antiguidades do Egito

Os especialistas encontraram três múmias em decomposição como consequência de uma rachadura no lado direito do sarcófago que permitiu sua inundação por esgoto. "Encontramos a ossada de três pessoas, no que parece ser um mausoléu familiar. Infelizmente as múmias não estavam nas melhores condições e apenas os ossos permanecem", diz Waziri em entrevista. 

De acordo com o Ministério de Antiguidades, os restos são de três guerreiros que parecem ter morrido durante uma batalha. Shaaban Abdel, um dos especialistas envolvidos na descoberta, explica que um dos crânios das múmias contém marcas de ferimentos causados por flecha, o que confirma a ideia.

"O sarcófago foi aberto, mas não fomos atingidos por uma maldição", brinca Waziry, em resposta aos rumores espalhados por internautas sobre uma possível desgraça que poderia ser desencadeada com a abertura do túmulo.

Note que esse sarcófago não tem nenhuma relação com faraós. Ele pertecenceu ao período ptolomaico (305-30 a.C.) ou romano (30 a.C.-641). Isto é, no mínimo 2200 anos após a era das pirâmides. 

O próximo passo dos arqueólogos é analisar os restos das múmias na tentativa de identificar as idades dos combatentes e as causas que levaram à sua morte.

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