O jurista de 75 anos já integrou uma organização de extrema-direita pró-nazismo e teve foto publicada fazendo gesto: "Se fui nazista, me arrependo"
Fabio Previdelli Publicado em 04/12/2023, às 14h03
No próximo dia 10, domingo, Javier Milei será empossado como presidente da Argentina. Antes da cerimônia, porém, ele já vem causando polêmica como futuro chefe de Estado da nação vizinha.
Conforme repercute a AFP, tudo começou após a nomeação de Rodolfo Barra como procurador do Tesouro no futuro governo. Acontece que o homem possui um passado como militante de uma organização de extrema-direita pró-nazismo.
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Desta forma, em nota, o Fórum Argentino contra o Antissemitismo (Faca) pediu para que Milei reconsidere a decisão, além de expressar "sua preocupação e rejeição" com a decisão, considerada pelo órgão como "uma afronta direta ao espírito democrático e plural".
Consideramos essa escolha uma afronta direta ao espírito democrático e plural de nosso país. É inadmissível que uma pessoa com antecedentes vinculados ao Movimento Nacionalista Tacuara, com tendências próximas ao nazismo, seja nomeada para um cargo de tal relevância em nosso país", disse a Faca.
Jurista, Rodolfo Barra, atualmente com 75 anos, já integrou a Suprema Corte de Justiça, além de atuar como vice-ministro de Obras Públicas e ministro da Justiça do ex-presidente Carlos Menem.
A polêmica ao seu redor, porém, remete ao ano de 1996, quando ele integrou a organização de extrema-direita pró-nazismo Tacuara. Por conta de seu passado, ele acabou renunciando como ministro da Justiça e pediu desculpas públicas após ter uma foto sua divulgada onde fazia uma saudação nazista ao lado de outros jovens.
Se fui nazista, me arrependo", disse na época.
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