Os apoiadores de Donald Trump envolvidos na invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 aguardam um possível indulto do presidente eleito
Redação Publicado em 08/11/2024, às 09h38
Os apoiadores de Donald Trump envolvidos na invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 aguardam um possível indulto do presidente eleito, que os chamou de "patriotas" e "presos políticos".
Mais de 1.500 pessoas foram acusadas pelo ataque, que visava impedir a certificação da vitória de Joe Biden. Trump indicou diversas vezes durante sua campanha que está inclinado a perdoar muitos dos envolvidos, embora ressalte que nem todos, pois "alguns, provavelmente, perderam o controle".
Vários réus tentaram adiar julgamentos ou sentenças, acreditando que a posse do republicano em janeiro de 2025 poderá resultar em clemência. Entre eles, Christopher Carnell solicitou o adiamento de uma audiência, argumentando confiar nas "promessas de clemência" de Trump, mas seu pedido foi negado, repercute a AFP.
Jaimee Avery, outra acusada, pediu que sua sentença fosse marcada para uma data após a posse. "O presidente eleito Trump, que teve um papel fundamental nos eventos de 6 de janeiro de 2021, declarou publicamente, em repetidas ocasiões, que vai perdoar os manifestantes", afirmou o advogado de Jaimee em um processo judicial.
"Configuraria-se uma grande disparidade para a Sra. Avery se ela passar ao menos um dia na prisão, agora que o homem que teve um papel fundamental na organização e instigação dos eventos de 6 de janeiro nunca enfrentará consequências", complementou. Segundo a AFP, seu pedido também foi negado.
Trump, embora acusado de conspirar para reverter os resultados das eleições de 2020, ainda não foi julgado e, se empossado, poderá evitar processos enquanto presidente. Ele não descartou perdoar membros de grupos extremistas, como Proud Boys e Oath Keepers, condenados por sedição.
Até agora, 1.532 pessoas foram acusadas pela invasão, com mais de 940 assumindo culpa e 195 condenadas em julgamento. Trump já usou o indulto em favor de aliados, como Paul Manafort e Steve Bannon, antes de deixar o cargo em 2021.
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