Renault deixou os russos e Moscou aproveita a situação para lançamentos
Alan de Oliveira | @baco.deoli, sob supervisão de Isabela Barreiros Publicado em 19/05/2022, às 08h10
Entre sanções econômicas e geográficas, uma das formas que empresas tem de tentar tirar poder aquisitivo da Rússia por não concordarem com as ações militares chefiadas por Vladimir Putin é a retirada de seus produtos da região.
Após a Renault anunciar a saída de suas operações no país na segunda-feira, 16, o prefeito de Moscou declarou que usará as fábricas da concessionária para construir automóveis da "Moskvich", marca da época soviética.
Assim como quase todas as marcas da época, a "Moskvich" sofreu com problemas de qualidade, tendo sua origem em 1930 e fechamento em 1991, recebendo críticas em livros e reportagens que chamavam os modelos de “carros horríveis”.
Apesar das diversas polêmicas, as forças soviéticas conseguiram, na época, após longas conversas, fazer com que a montadora francesa Renault chegasse para desenvolver e melhorar as fábricas da marca, produzindo carros de até 1975 no máximo.
Com a queda do governo soviético, a montadora conseguiu se instalar através de seu nome oficial, sem precisar ser mais uma produção velada.
A Renault afirma que seu controle acionário foi vendido para o governo russo, enquanto a fábrica onde os carros eram produzidos, localizada em Moscou, foi vendida para o governo da capital.
A empresa ressalta ainda que não estão fechados na ideia de um retorno ao território se observarem mudanças profundas na condução da guerra contra a Ucrânia, conforme apuração da CNN.
“O proprietário estrangeiro decidiu fechar a fábrica da Renault em Moscou. Isso é direito deles, no entanto, não podemos permitir que milhares de trabalhadores fiquem desempregados. Portanto, tomei a decisão de registrar a fábrica como um ativo da cidade e retomar a produção de carros de passeio sob a histórica marca Moskvich”, disse o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin.
Ainda de acordo com falas de Sobyanin em seu blog, a empresa começará a produção com carros movidos à gasolina, porém, em pouco tempo, deseja lançar os carros “elétricos e futuristas” em toda a Rússia.
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