A mulher pediu a indenização pela demissão ter sido de cunho político, o pai apoia Bolsonaro
Redação Publicado em 10/08/2022, às 17h02
Em 2021, uma mulher foi demitida por conta de um post feito contra o presidente da República Jair Bolsonaro. Ela trabalhava em um grupo empresarial no Amapá, em que o pai é sócio. A mulher pediu danos morais à Justiça do Trabalho, que acabou condenando a empresa ao pagamento de várias indenizações, que totalizam R$ 123.811,49.
Ela trabalhou entre 2018 e novembro de 2021 como supervisora de cadastro e supervisora de vendas, e recebia um salário de R$ 2,5 mil, até que foi dispensada sem justa causa. Ela apresentou, na ação, a conversa que teve com o pai depois de fazer a postagem em uma rede social.
O intuito era demonstrar que a motivação da demissão foi por conta de política e somente por isso. O pai respondeu com um áudio, que foi descrito no processo:
Tô falando agora com a plena consciência do que estou fazendo, tá bom? Não estou com raiva eu estou irado, tá [sic] irado com suas posições, com as suas manifestações, já que as redes sociais é (sic) suas ‘cê’ faça o que quiser, pois continue fazendo, só que agora quem manda na empresa quem é o dono desse negócio sou eu, tá certo? E não vou te aceitar mais, cabou (sic)”.
A decisão da indenização aconteceu na sexta-feira, 5, pela 8ª Vara do Trabalho de Macapá. Para a Justiça, a comportamento do homem afrontou “a liberdade individual de manifestação constitucionalmente garantida”. Segundo o G1, além de danos em função da demissão, na ação, a mulher também teria pedido reconhecimento do vínculo empregatício.
O valor alto é referente ao pagamento de aviso prévio indenizado, 13º salários entre 2018 e 2021; férias; FGTS; saldo salarial de outubro de 2021; danos morais pela medida; indenização por danos morais por transporte indevido de valores e indenização por dispensa discriminatória.
A defesa do grupo empresarial não se manifestou até o momento, mas durante a audiência, a empresa não reconheceu o vínculo empregatício da filha e do sócio, alegando que ela “prestava serviços em regime de cooperação familiar”.
+O site Aventuras na História está no Helo! Não fique de fora e siga agora mesmo para acessar os principais assuntos do momento e reportagens especiais. Clique aqui para seguir.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro