Conhecido como “Great Star of Africa”, peça é o maior diamante de lapidação do mundo e está no cetro da rainha
Redação Publicado em 16/09/2022, às 09h56
A África do Sul está vendo os apelos para que a família real britânica devolva um grande diamante — assim como outras joias — crescerem drasticamente após a morte da rainha Elizabeth II na quinta-feira da semana passada, 9 de setembro.
Trata-se do maior diamante de lapidação do mundo, chamado de “Great Star of Africa” (“Grande Estrela da África”, na tradução), ou ainda Cullinan I. A peça é um diamante lapidado de uma gema maior extraída no país em 1905.
Segundo o Royal Collection Trust, responsável pela supervisão da coleção real dos nobres britânicos, na época, o artefato foi apresentado ao então rei Edward VII dois anos após ser encontrado em uma mina particular na África do Sul.
“Ele foi enviado para Asscher de Amsterdã para ser fendido em 1908”, diz a instituição. O Royal Asscher acrescenta que o governo do Transvaal da África do Sul, administrado pelo domínio britânico, comprou a gema e presenteou Edward em seu aniversário.
Atualmente, o diamante pode ser visto no cetro real da rainha Elizabeth II, mas continua causando polêmica, principalmente devido à forma com que foi adquirido, nas raízes do colonialismo britânico.
Segundo reportou a CNN Internacional, uma petição que exige a devolução do diamante “Great Star of Africa” por parte da família real britânica e sua posterior exibição em um museu sul-africano foi assinada por mais de 6 mil pessoas.
Na política, Vuyolwethu Zungula, membro do parlamento sul-africano, também faz parte do movimento e pediu que o país exigisse “reparações por todos os danos causados pela Grã-Bretanha” além da “devolução de todo o ouro e diamantes roubados pela Grã-Bretanha”.
À imprensa sul-africana, o ativista Thanduxolo Sabelo afirmou: “O Cullinan Diamond deve ser devolvido à África do Sul com efeito imediato. Os minerais de nosso país e de outros países continuam a beneficiar a Grã-Bretanha às custas de nosso povo”.
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