Segundo o vice-reitor da instituição, o conselho universitário do Cesmac recomendou a suspensão definitiva da jovem
Pamela Malva Publicado em 16/02/2022, às 12h30
Na manhã desta quarta-feira, 16, o vice-reitor do Centro Universitário Cesmac afirmou, ao G1, que o conselho universitário da instituição recomendou a expulsão da estudante de medicina que ironizou a morte de uma paciente na semana passada, em Alagoas.
Segundo repercutido pelo site da Aventuras na História nos últimos dias, Lenilda Silva Nunes, de 62 anos, deu entrada na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, em Marechal Deodoro, com fortes dores no peito. Algumas horas depois, ela faleceu, vítima de um infarto. Sua situação, contudo, foi ironizada pela jovem universitária.
Em sua conta, a estudante compartilhou uma foto com o nome da senhora e escreveu: "Faltando 10 min para minha hora de dormir, chega mulher infartando e com edema agudo no pulmão e agora já passou 1h30 da minha hora de dormir. Tô p*ta". Logo em seguida, comentou: "Atualizações: a mulher morreu e eu não dormi".
Agora, segundo o professor Douglas Apratto Tenório, vice-reitor do Cesmac, o conselho universitário afirma que a jovem deve ser expulsa da faculdade. O parecer, inclusive, já foi enviado para a reitoria da universidade, que irá criar uma comissão de sindicância para apurar o caso. A investigação, por sua vez, deve ser concluída em um mês.
“Essa foi a primeira vez que o conselho universitário se posicionou pelo desligamento de um aluno”, narrou Apratto. “Cabe ressaltar que a instituição não compactua com o posicionamento da aluna, mas sabemos que hoje as pessoas usam as redes sociais de diversas formas e que muitas vezes postam coisas que não deveriam ser publicadas.”
Segundo o vice-reitor, entretanto, a decisão de afastar ou não a estudante da universidade deve seguir o princípio democrático da ampla defesa. Por isso, ainda de acordo com o G1, a universitária terá um prazo específico para apresentar sua defesa.
“Ainda no âmbito do conselho, a estudante e seus pais foram ouvidos, mas é necessário que a comissão de sindicância ouça a aluna e que ela possa apresentar sua defesa de forma ampla”, explicou o vice-diretor.
Ao final do processo, o parecer final da comissão de sindicância será enviado para a reitoria da universidade, que, por sua vez, deverá publicar uma portaria com o desfecho definitivo do caso. Por enquanto, a jovem já foi suspensa da faculdade e, por isso, não pode participar das atividades da instituição durante seis meses.
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