A mesquita havia postado em sua página no Facebook um vídeo que expunha o comportamento do professor de história Samuel Paty contra o profeta Maomé em sala de aula
Giovanna de Matteo Publicado em 20/10/2020, às 14h13
O governo da França decidiu fechar temporariamente uma mesquita nesta terça-feira, 20, como parte de uma punição aos suspeitos de terem colaborado com o assassinato de um professor que exibiu uma caricatura do profeta Maomé para seus alunos durante uma aula.
A Grande Mesquita de Pantin está localizada num subúrbio da periferia do nordeste da capital. Através da página oficial no Facebook, a mesquita havia compartilhado um vídeo que criticava e expunha o comportamento do professor de história Samuel Paty contra a religião, antes de acontecer o ataque. A mesquita então está sendo condenada por ter promovido o ódio contra o assassinado.
O reitor da mesquita pediu desculpas pelo vídeo antes mesmo de acontecer a decapitação de Paty, pois o post teria causado ataques virtuais violentos contra o professor.
No vídeo, o pai de um dos alunos mulçumanos que estavam na aula afirmou que o professor de história pediu para que os fiéis saíssem da classe antes de mostrar as caricaturas de Maomé, e que isso implicaria preconceito. Segundo ele, o vídeo seria uma forma de expor a preocupação com as crianças muçulmanas.
Do lado de fora do templo islâmico, a polícia francesa colocou avisos sobre a ordem de fechamento do lugar. Enquanto isso, as autoridades reagiam com uma resposta dura contra aqueles que eles chamaram de "disseminadores de mensagens de ódio", "pregadores polêmicos" e estrangeiros, que acreditam representar uma ameaça à França.
A nota emitida pelo chefe do departamento de Seine-Saint-Denis declarava que o despacho de seis meses dessa mesquita teve “o único propósito de prevenir atos de terrorismo."
O episódio de homicídio cometido por um extremista aconteceu apenas algumas semanas depois do presidente Emmanuel Macron expressar tormento com o que ele denominou de “separatismo islâmico”.
No início deste mês, Macron teria declarado que “o Islã é uma religião que está em crise em todo o mundo hoje, não estamos vendo isso apenas em nosso país” - o comentário causou grande polêmica entre os fiéis.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro