Fernández e Kirchner - Getty Images
Cristina Kirchner

Após ataque de brasileiro contra Kirchner, presidente argentino decreta feriado nacional

Alberto Fernández ainda considerou o incidente "o mais grave desde 1983, quando o país voltou a ser uma democracia"

Redação Publicado em 02/09/2022, às 07h29 - Atualizado às 16h31

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, declarou feriado nacional nesta sexta-feira, 2, depois que sua vice, Cristina Kirchner, foi vítima de uma tentativa de assassinato. Ele classificou o episódio como "o mais grave desde 1983, quando o país voltou a ser uma democracia".

"Decidi declarar feriado nacional para que, em paz e harmonia, o povo argentino possa expressar-se em defesa da vida, da democracia e solidarizar-se com nossa vice-presidente", anunciou o chefe de Estado durante um pronunciamento em rede nacional. 

Brasileiro vivia em Buenos Aires

Segundo informações da RFI, o autor do ataque contra Cristina Kirchner é o brasileiro Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos. Radicado em Buenos Aires, ele atua como motorista de aplicativo na capital argentina.

O ocorrido se deu por volta das 21h de quinta-feira, 1, enquanto a vice-presidente cumprimentava um grupo de militantes em frente à sua residência.

Estamos diante de um fato com uma gravidade institucional e humana extrema. Atentaram contra a nossa vice-presidente e a paz social foi alterada", disse o político na madrugada de hoje. "Este atentado merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina e de todos os setores políticos".

O presidente atribuiu o atentado "ao discurso de ódio que tem sido espalhado a partir de espaços políticos, judiciais e midiáticos", e declarou que "Cristina está viva porque, por alguma razão ainda não confirmada tecnicamente, a arma que tinha cinco balas não disparou apesar de ter sido engatilhada".

Atualização!

A reportagem noticiou, com informações da RFI, que o suspeito de tentar atirar contra Kirchner era motorista de Uber. No entanto, em contato com o site Aventuras na História, a companhia afirmou que 'verificou que o suspeito não é cadastrado na plataforma, portanto, não tem vínculo com a empresa'. A matéria foi alterada.

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