Imagem ilustrativa do deserto de Chade - Getty Images
Crise migratória

Ao tentarem cruzar deserto de Chade, 27 migrantes morreram de sede

Entre as vítimas estão quatro crianças; mortes expõem crise migratória africana; entenda!

Fabio Previdelli Publicado em 14/12/2022, às 12h41

Na última terça-feira, 13, a Organização Internacional para as Migrações (IOM), informou que 27 migrantes morreram de sede ao tentar cruzar o deserto do Chade, país da África Central. Quatro crianças estão ente as vítimas. 

De acordo com o órgão, os migrantes haviam iniciado a jornada em uma caminhonete há cerca de um ano e meio. Eles saíram da cidade de Moussoro, que fica no centro-oeste do país. Acredita-se que o grupo se perdeu no meio do caminho após o veículo que eles estavam quebrar. 

“Estamos profundamente tristes com esta tragédia mais recente e estendemos nossas sinceras condolências às famílias dos migrantes”, lamentou a chefe da missão da organização no Chade, Anne Kathrin Schaefer

Precisamos de uma ação coletiva mais forte para evitar mais mortes”, afirmou. 

Problema migratório 

Segundo a Associated Press, o Chade é uma das principais rotas de trânsito para quem tenta chegar até a Líbia e outros países do norte do continente, de onde parte em outra dura jornada que constantemente também deixa vítimas: cruzar o Mar Mediterrâneo rumo à Europa

Por fim, a IOM apontou que mais de 5.600 pessoas morreram ou desapareceram ao tentar cruzar o Saara, dados referentes a partir de 2014 para cá. Só em 2022, 149 fatalidades iguais a essa foram registradas no Chade, quando houve 110 mortes. 

Os números, porém, podem ser maiores, visto que autoridades apontam que muitos desses casos sequer são registrados.

notícias deserto África mortes sede Chade Crise migratória

Leia também

Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura


Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix


Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha


Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu


Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos


Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro