Os cientistas propuseram uma hipótese para solucionar o mistério de períodos utilizados pelos maias para medir o tempo
Redação Publicado em 25/04/2023, às 15h28 - Atualizado às 15h29
A civilização maia tinha um complexo calendário formado por diversos ciclos temporais de diferentes durações. Dentro dessas divisões específicas, uma que intriga os cientistas que estudam o assunto é a contagem de 819 dias, que mesmo hoje ainda não conseguiu ser ligada a nada. Isso até alguns antropólogos da Universidade de Tulane, que afirmam que conseguiram decifrar o mistério do calendário.
John Linden e Victoria Bricker, antropólogos de Tulane, uma universidade que fica em Nova Orleans, nos Estados Unidos, ampliaram o escopo da pesquisa e agora acreditam que o calendário não estava representando 819 dias, e sim 45 anos, e estaria medindo o período sinódico de um objeto celeste, ou seja, quanto tempo leva para que o astro retorne, aproximadamente, ao mesmo ponto.
Em um artigo publicado na revista científica Ancient Mesoamerica, a dupla de cientistas afirmou, como repercutiu o Tilt UOL, que "ao aumentar a duração do calendário para 20 períodos de 819 dias, surge um padrão no qual os períodos sinódicos de todos os planetas visíveis correspondem a pontos posicionais no calendário de 819 dias".
O calendário da civilização maia é baseado em glifos, ou seja, desenhos simbólicos que são usualmente gravados em relevo. Nessa contagem, que se repete quatro vezes, os ciclos de 819 dias correspondem, cada um, a uma de quatro cores e, como pensavam os cientistas, a um dos pontos cardeais. Porém, já na década de 1980 essa ideia deu lugar a uma interpretação mais baseada na astronomia.
A civilização maia media com incrível precisão os períodos sinódicos dos planetas visíveis da Terra, como Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Segundo Linden e Bricker, esse bloco de 819 dias funciona perfeitamente com o período sinódico de Mercúrio, de 117 dias, que cabe exatas sete vezes em 819.
A pesquisa mostrou que, para os outros planetas visíveis, todos têm um número certo de múltiplos que coincide de maneira exata com um número de ciclos de 819 dias, apontando para um sistema complexo dos maias para realizar cálculos astronômicos.
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