Alpinista americano de 66 anos morre após escalar mais de 70% do Everest

Um alpinista norte-americano de 66 anos morreu depois de escalar mais de 6.400 metros do Monte Everest, a maior montanha do planeta. Segundo o organizador da expedição que acompanhava o senhor, que anunciou a morte dele nesta terça-feira, 02, o homem foi o primeiro alpinista estrangeiro a morrer na atual temporada do pico.

Segundo o UOL, o americano estava no período de aclimatação na área do campo base 2, que está localizado a 6.400 metros de altura, quando morreu na última segunda-feira, 01. O alpinista já havia escalado mais de 70% da montanha, que tem 8.849 metros de altura no total.

"Não estava bem e faleceu no campo 2. Esforços estão em curso para o transporte do corpo", disse Pasang Thsering Sherpa à agência de notícias AFP. O homem trabalha na empresa Beyul Adventure, a parceira local de uma companhia norte-americana chamada International Mountain Guides.

Perigos no Everest

Pasang Sherpa também afirmou que as condições meteorológicas ruins atualmente estão complicando a retirada do corpo. Essa não foi a primeira morte da temporada de escalada da primavera do hemisfério norte, apesar de ser a primeira internacional. No mês passado, três nepaleses morreram escalando o Everest.

O Nepal liberou 466 permissões de escalada para alpinistas estrangeiros durante esta temporada. Como a maioria deles precisa de um guia local, provavelmente mais de 900 pessoas tentarão escalar o Everest nessa temporada, que dura até o começo de junho. Isso pode gerar engarrafamentos até o pico do monte.

Em média, cinco pessoas morrem por ano no Everest. Em 2019, esse número chegou a impressionantes 11 óbitos, sendo quatro deles atribuídos a aglomerações. Oito das dez maiores montanhas do mundo estão no Nepal, na cadeia do Himalaia. Por isso, as visitas de alpinistas estrangeiros nessa época do ano são tão frequentes.