O réu escondeu o rosto com uma pasta e se manteve calado em boa parte das sessões
Wallacy Ferrari, sob supervisão de Penélope Coelho Publicado em 09/10/2021, às 08h08
O centenário Josef Schutz, que atuou na juventude como guarda do campo de concentração nazista de Sachsenhausen, teve seu julgamento iniciado pela Justiça alemã para avaliar sua intervenção em crimes nazistas. Ex-cabo da divisão Totenkopf da SS, a acusação aponta cumplicidade na morte de 3.518 prisioneiros entre 1942 e 1945.
Questionado durante a segunda audiência, realizada na última sexta-feira, 8, o alemão alegou inocência e afirmou que não sabe "nada a esse respeito". Ainda justificou que, em decorrência da distância temporal dos fatos, sendo o réu mais velho a ser julgado pelos supostos crimes, lamentou estar sem testemunhas da época no recinto, acrescentando estar "sozinho".
Em questionamentos sobre o período em que atuou como funcionário da Alemanha nazista, ele deixou claro: "Tudo está em frangalhos na minha cabeça", sendo posteriormente interrompido por deu advogado, que pediu para que o júri seguisse o acordo de, nesta sessão, não realizar questões sobre o período.
Usando um andador para chegar até o banco de réus, o homem teve o rosto coberto por uma pasta azul durante todo o período em que a imprensa local teve permissão de registrar fotos e vídeos da sessão. Em função de sua idade avançada, o julgamento será separado em 20 encontros de, no máximo, 2 horas cada.
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