O despejo das cinzas no túmulo do judeu Max Friedlander ocorreu com a presença de outros neonazistas condenados
Paola Orlovas, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 13/10/2021, às 11h45
No último sábado, 9, uma urna com as cinzas de um neonazista foi enterrada no túmulo do músicólogo judeu Max Friedlander, falecido em 1934, dentro do cemitério protestante de Stahnsdorf.
A cerimônia contou com o comparecimento de diversos neonazistas condenados pelo governo alemão e causou revolta no país.
O sepultamento teria sido aprovado pelas autoridades protestantes que cuidam do cemitério mesmo com a presença da lápide de Friedlander no local, que acabou sendo coberta por um véu preto durante a cerimônia. A decoração do túmulo também contou com fotos do neonazista e coroas mortuárias (parte delas decoradas com cruzes de ferro).
A situação gerou incômodo e levou à tona a discussão sobre antissemitismo na Alemanha:
Christian Stablein, bispo da Igreja Evangélica de Berlim-Brandemburgo, se manifestou, e reconhecendo o erro, explicou que
o enterro de um negacionista no túmulo de Max Friedlander foi um erro terrível e um acontecimento chocante".
Samuel Salzborn, membro e comissário de Berlim para a luta contra o antissemitismo também destacou o absurdo do ocorrido, por, segundo ele, "denegrir a memória dos falecidos" e "se perturbar a paz dos mortos".
Além disso, ele exigiu que a urna do negacionista do Holocausto fosse removida e levada para outro local.
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