Água-viva gigante registrada recentemente - Reprodução/Redes Sociais
Animais

Água-viva gigante é avistada no litoral de São Paulo

Com tentáculos medindo até 10 metros de comprimento, espécime foi avistado nesta semana na Ilha do Montão de Trigo; confira registro!

Éric Moreira Publicado em 30/11/2024, às 10h23

Nesta semana, o fotógrafo Rafael Mesquita fez um registro impressionante no Litoral Norte de São Paulo: ele encontrou e filmou uma água-viva gigante da espécie Drymonema Gorgos. Com tentáculos medindo cerca de 10 metros de comprimento, ela choca por seu tamanho mais de 5 vezes maior que a maioria dos homens adultos.

Conforme repercutido pelo g1, o registro foi feito na Ilha do Montão de Trigo, na divisa entre as cidades de São Sebastião e Bertioga, no litoral paulista. O próprio Rafael Mesquita também anotou a temperatura da água no momento do achado, que era de 15,5 ºC, e as medidas do animal: 60 centímetros de diâmetro e cerca de 10 metros de comprimento, com seus tentáculos.

+ Após 25 anos, água-viva rara é vista pela segunda vez na história

 

Águas-vivas

Um detalhe relevante sobre a espécie avistada recentemente, é que a Drymonema Gorgos é considerada a maior espécie de água-viva já registrada no Brasil. Vale mencionar que ela é uma espécie que, as vezes, é associada a acidentes, mas sua aparição é considerada rara.

Conforme explica Alberto Lindner, professor do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ao g1: "Tem mais de mil espécies [de águas-vivas] no mundo. No Brasil são cerca de 15 dessas maiores, que a gente consegue ver a olho nu, mas tem menores. Tem muito mais que a gente consegue ver assim a olho nu e tem mais ou menos umas seis que causam mais acidentes em humanos".

Outra espécie gigante que ocorre no Brasil é a Lychnorhiza lucerna, "que pode chegar até uns 50 centímetros de diâmetro. Ela é, digamos assim, a ‘segunda colocada’ em tamanho no Brasil, depois da Drymonema Gorgos, mas ela não é associada com acidentes, ela não tem tentáculos. Ela vai ter células urticantes muito pequenas, só para matar plânctons. Ela é uma comedora de plâncton, então ela não causa acidentes", acrescenta o especialista.

Já em escala global, ainda há muita discussão sobre qual é a maior espécie de água-viva existente. Duas candidatas são a Cyanea capillata, popularmente conhecida como "juba de leão", encontrada nas águas geladas do Atlântico Norte, Pacífico Norte e Oceanos Árticos; e a popularmente chamada de "Umbrella" ("guarda-chuva", em inglês), comum no mar do Japão, ambas capazes de ultrapassar os 30 metros de comprimento.

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