Filme que conta a história de Christiane F volta aos cinemas no próximo domingo, 24
Redação Publicado em 22/07/2022, às 19h39 - Atualizado às 20h20
Inspirado no livro de Kai Hermann e Horst Rieck, "Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída" conta a história de Christiane F., uma adolescente que acaba se tornando viciada em heroína. O filme é um drama alemão que comoveu muitas pessoas na época de seu lançamento.
O longa, que é dirigido por Uli Edel, voltará para os cinemas, com a obra remasterizada, a partir da próxima quinta-feira, 28. Natja Brunckhorst, a atriz que protagonizou o filme aos 13 anos, virou diretora e roteirista. Em entrevista repercutida pela Rolling Stone Brasil, ela comentou sobre os bastidores da produção.
Ela comentou sobre o uso de drogas presente em sua vida, já que não era usuária, principalmente pela pouca idade: Antes de fazer este filme, tinha visto um viciado só uma vez. E li o livro Christiane F... independentemente do papel. Eu sabia coisas básicas de como era. E tínhamos alguns truques que ainda vejo em algumas cenas – como os momentos com os olhos meio abertos ou quando ela está em abstinência - que é como se você tivesse uma gripe forte”.
Ela deu detalhes dos procedimentos que usava para parecer realmente drogada: “Em algumas cenas pingaram algo nos meus olhos para diminuir ou aumentar as pupilas”. A pressão da mídia também era algo que a preocupava, pela intensidade do papel. Segundo ela, muitas pessoas insinuaram que ela conhecia o assunto e que a chamavam para talk shows, no papel de especialista.
“E dizia: ‘Ei, eu estava atuando’. Ser atriz é muito legal porque posso viver aquilo que não quero fazer na vida real”, desabafou a atriz durante a entrevista.
Como a personagem era viciada em heroína, um dos grandes desafios da atriz foi o contato com seringas, pelas agulhas afiadas, as quais ela admitiu ter um enorme medo: “Desde sempre, ainda tenho”.
Para realizar uma ilusão de ótica, ela contou detalhes de como realizaram o processo: “Para as cenas de longe, o maquiador fez algo incrível. Ele cortou a ponta da agulha, lixou. E quando alguém aperta algo plano na pele parece que está entrando porque a pele cede um pouco. E ele colocou uma mangueirinha atrás da seringa - para que pudéssemos injetar algo ou puxar no sentido contrário”.
A atriz também comentou o uso de dublês para algumas cenas. “Já as cenas em que a câmera estava bem próxima, dava para ver claramente que a agulha era pontiaguda. Nestas – como o momento em que ela faz a tatuagem - foram rodadas por um dublê”.
Além disso, ela comentou uma curiosidade sobre a cena da tatuagem, em que precisou de um dublê, que não era qualquer pessoa. “Meu irmão quem fez. E ele recebeu 50 marcos por agulhada. Para ele era muito dinheiro”, revelou Natja.
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