Invasão ao Capitólio completa um ano e, mesmo após prisões e condenações, eleitores de Trump ainda desacreditam do resultado
Fabio Previdelli Publicado em 06/01/2022, às 13h22
Há exatamente um ano, em 6 de janeiro de 2021, apoiadores do presidente Donald Trump invadiram o Congresso dos Estados Unidos para contestar o resultado das eleições, vencidas pelo democrata Joe Biden.
Desde então, mais de 720 pessoas foram presas pelo ato e indiciadas por crimes como invasão, destruição de propriedade pública e lesão corporal. Segundo recorda matéria da BBC, 70 delas já foram julgadas, sendo que 31 cumprem pena em cadeias pelo país — como é o caso de Jacob Chansley, o viking do Capitólio.
Os atos violentos geraram um prejuízo estimado em 1,5 milhão de dólares, cerca de R$ 8,5 milhões. Duas semanas depois da invasão, Joe Biden foi empossado o 46º presidente americano da história.
Após esse período, porém, milhares de americanos ainda acreditam que o resultado das eleições foi forjado. Uma dessas fontes vem da Universidade de Massachusetts, que realizou uma pesquisa em parceria com o instituto YouGov.
Nossa pesquisa mostra que 71% dos eleitores que se identificam como republicanos dizem que Biden não foi eleito legitimamente. E outros 6% dizem não ter certeza. Então potencialmente três quartos dos republicanos acreditam até hoje que Trump ganhou", explica Alexander Theodoridis, cientista político da instituição.
Os dados corroboram com um levantamento feito em novembro do ano passado pela Public Religion Research Institute, que apontou que 68% dos republicanos afirmava que as eleições haviam sido "roubadas" de Trump.
Desta forma, visto que os republicanos registrados como eleitores somam os 50 milhões, os dados indicam que ao menos 35 milhões de americanos seguem acreditando em uma fraude eleitoral.
"Comparado ao eleitorado em geral, aqueles que acreditam que Trump ganhou a eleição de 2020 são desproporcionalmente republicanos e brancos. Na média são mais velhos, vivem nos Estados do Sul e têm menor escolaridade. E são mais conservadores e religiosos — com frequência se descrevem como cristãos protestantes", completa Theodoridis.
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