Ilustrações de Joana d'Arc e Boadiceia - Getty Images
Mulheres

Veja 5 mulheres guerreiras que entraram para a História

Conheça mulheres guerreiras que impactaram a história através de feitos corajosos que desafiaram as normas de suas épocas

Giovanna Gomes Publicado em 28/07/2024, às 10h00

Diversas mulheres, no decorrer dos séculos, impactaram a história em razão de seus feitos corajosos. Entre elas, destacam-se aquelas que desafiaram as normas de suas épocas, liderando exércitos e enfrentando fortes lideranças.

Confira, a seguir, as histórias de cinco dessas extraordinárias guerreiras que, através de suas habilidades, estratégias e espírito indomável, fizeram história e são lembradas como símbolos de força e resistência.

1. Boadiceia

Boadiceia, rainha dos icenos na Grã-Bretanha, tornou-se guerreira após a morte do marido, em 60 a.C., depois que foi açoitada pelos romanos e que teve suas filhas estupradas por eles. Após o terrível episódio, ela levantou um exército e destruiu Camulodunum (Colchester), Londinium (Londres) e Verulamium (St. Albans).

Como destaca o portal National Geographic, o historiador Dião Cássio a descreveu como "alta" e "aterrorizante", com cabelos crespos caindo sobre os quadris.

Em 60 ou 61 a.C., a rainha exortou seus soldados a lutar contra os romanos, mas foram derrotados pelo general Suetônio. Tácito afirmou que Boadiceiatomou veneno, embora isso nunca tenha sido provado.

Representação de Boudicca / Crédito: Wikimedia Commons/John Opie

2. Tomoe Gozen

Entre os guerreiros samurais do Japão, uma das figuras mais famosas foi uma mulher: Tomoe Gozen. A história dela foi contada no "Conto dos Heike", um épico sobre as Guerras Genpei no século 12. Samurai do senhor da guerra Kiso no Yoshinaka, com quem era casada, ela era conhecida por sua destreza com espada e arco, sendo párea a mil guerreiros.

Tomoe ajudou Yoshinaka a vencer os Taira, mas sua família se voltou contra ele. Na Batalha de Awazu, em 1184, ele se viu enfrentando o próprio primo, mas a companheira estave ao seu lado até que restassem poucos guerreiros.

Quando Yoshinaka estava à beira da morte, pediu que ela o deixasse, mas Tomoe capturou um soldado inimigo, segurou-o firmemente, torceu-lhe a cabeça e o atirou. Após esse feito, diz a fonte, ela abandonou a armadura e desapareceu.

Representação de Tomoe Gozen / Crédito: Wikimedia Commons/Kangetsu Shitomi

3. Joana d'Arc

No auge da Guerra dos Cem Anos, uma jovem camponesa chamada Joana d'Arc se destacou na França. Ainda adolescente, ela se aproximou do delfim Carlos em 1429, supostamente guiada por "vozes santas".

Joana afirmou ter sido enviada por Deus para ajudar o reino e recebeu permissão para levantar tropas. Assim, ela e suas forças libertaram Orleães, permitindo que Carlos fosse coroado. Em 1430, foi capturada pelos ingleses, sendo julgada por heresia e queimada viva em 1431.

Posteriormente, os franceses retomaram o território, e Carlos VII anulou sua sentença. Em 1920, Joana foi canonizada pela Igreja Católica e celebrada como padroeira da França.

Joana d'Arc / Crédito: Domínio público

4. Tang Sai-er

Conforme o National Geographic, Tang Sai-er foi uma jovem de Putai (atual Shandong) que viveu durante a dinastia Ming do século 15 na China.

Introduzida às artes marciais por seu pai, ela — ao casar-se com Lin San — uniu-se à Sociedade Lótus Branca, tornando-se líder local.

Diz a história que tudo mudou depois que Tang perdeu seus pais e marido, numa época em que o imperador passou a exigir impostos exorbitantes mesmo em meio a períodos de inundações e secas. Inconformada, ela levantou um exército camponês em 1420, lutando com sucesso contra soldados Ming.

Derrotada, fugiu e nunca foi encontrada. Contos sugerem que ela se disfarçou de freira budista, escapando da captura. 


5. Nzinga Mbande

Conhecida por sua inteligência, astúcia política e fluência em português, Nzinga Mbande marcou a história de Angola no século 17. Quando traficantes de escravos portugueses ameaçaram sua terra, ela foi convidada por seu irmão, o rei, para negociar um tratado de paz em 1622.

Durante a reunião, ao receber um tapete para se sentar, ela pediu a um assistente que se ajoelhasse para servir de cadeira, afirmando sua igualdade.

Após a morte de seu irmão em 1624, contrariando a tradição de que apenas homens poderiam governar, Nzinga tornou-se rainha de Ndongo e conquistou Matamba. Ela formou alianças para combater os portugueses por 30 anos, liderando pessoalmente tropas em batalhas, mesmo aos setenta anos, sob o título de general.

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