Na manhã do dia 16 de outubro de 1793, Maria Antonieta, a rainha da França, enfrentou seu destino trágico na guilhotina
Luiza Lopes Publicado em 15/10/2024, às 20h00
Na manhã do dia 16 de outubro de 1793, Maria Antonieta, a rainha da França, enfrentou seu destino trágico na guilhotina. Com uma atmosfera de revolta pairando sobre Paris, ela foi conduzida ao Tribunal Revolucionário, onde os juízes releram as acusações que pesavam sobre ela.
Conforme conta Stefan Zweig no livro "Maria Antonieta: Retrato de uma mulher comum", o carrasco, Charles-Henri Sanson, aproximou-se da rainha e amarrou suas mãos atrás das costas, cortando seus cabelos, que foram queimados para evitar que se tornassem relíquias. Após esse ato, Maria Antonieta foi levada em uma carruagem.
Embora suas mãos estivessem atadas, ela subiu as escadas do tribunal com leveza, ajudada por Sanson. Um padre constitucional, St. Landry, acompanhava o processo como confessor, mas a rainha recusou seus serviços, optando por não aceitar o que lhe foi imposto, em contraste com seu marido, Luís XVI.
Enquanto a carruagem seguia seu caminho, uma multidão a acompanhava, e 30.000 soldados formavam um cordão de segurança ao longo da rota. No entanto, ao chegar à Rue St. Honoré, gritos de ódio ecoaram, sinalizando a hostilidade que a cercava, relatou Zweig.
Ao meio-dia, a carruagem chegou à Place de la Révolution (atual Place de la Concorde). Com a dignidade que lhe restava, Maria Antonieta subiu as escadas do cadafalso, perdendo um sapato no processo.
Em poucos segundos, o ato brutal foi consumado: o machado caiu. Henri Sanson, então, segurou a cabeça de Maria Antonieta pelos cabelos, exibindo-a para a multidão que explodiu em gritos de "Viva a República! Viva a Liberdade!".
O site oficial do Palácio de Versalhes conta que, após sua execução, a rainha foi enterrada no Cemitério de Madeleine, com Luís XVI, em uma vala comum. Sobre seu corpo foi espalhado cal, simbolizando o fim de uma era. A morte dela foi oficializada em 24 de outubro de 1793, e, embora o ato original tenha desaparecido durante a destruição de arquivos em Paris em 1871, foi copiado por arquivistas.
Em 1815, seus restos mortais foram transferidos para a Abadia de Saint-Denis, onde ela finalmente encontrou descanso ao lado de seu marido, Luís XVI, em um ato de reconhecimento da importância de sua vida e da tragédia que a cercou.
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